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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Uma das mais importantes do Brasil, Usina Hidrelétrica Ilha Solteira comemora 50 anos

Usina mantém protagonismo e relevância para a geração de energia do País com projeto de modernização e novo centro de operação.

Uma das maiores e mais importantes usinas hidrelétricas do País, a Usina Ilha Solteira comemora 50 anos nesta terça-feira, dia 18 de julho. Foi nesta data, em 1973, que a primeira unidade geradora entrou em operação. Cinco décadas depois, a UHE Ilha Solteira segue demonstrando sua relevância e seu protagonismo ao liderar, ao lado da UHE Jupiá, ambas administradas pela CTG Brasil, um projeto de modernização sem precedente na história do setor elétrico brasileiro.


Ao todo, serão destinados R$ 3 bilhões em investimentos para instalação, substituição e reforma das 20 unidades geradoras de Ilha Solteira e 14 de Jupiá, bem como na adequação dos sistemas existentes – só em 2023 o investimento previsto para o programa é de R$ 228 milhões. O objetivo da modernização é aumentar a disponibilidade e confiança das operações e garantir a eficiência da geração de energia pelas próximas décadas.
Vamos entregar à sociedade brasileira dois ativos novos, modernos e com vida útil para operar com disponibilidade e segurança ao menos pelos próximos 30 anos”, conta César Teodoro, diretor de Engenharia da CTG Brasil.

Cérebro – Também como parte do projeto de modernização, a CTG Brasil inaugurou na UHE Ilha Solteira, recentemente, seu novo Centro de Operação da Geração (COG), “cérebro” a partir do qual são monitoradas as 12 usinas hidrelétricas e 2 pequenas centrais hidrelétricas da empresa, que juntas totalizam 70 unidades geradoras.
É de Ilha Solteira, portanto, que hoje a empresa controla remotamente e em tempo real toda a sua operação. O novo COG reduz tempo de tomada de decisão, por meio de uma comunicação otimizada, garantindo a disponibilidade plena dos ativos. Outra vantagem é a possibilidade de agregar futuros ativos e de adequar sistemas e equipes a essa estrutura”, explica Márcio Peres, diretor de Gestão de Ativos de Geração da CTG Brasil.

História – Localizada no Rio Paraná entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS), e com capacidade instalada de 3.444 MW, a UHE Ilha Solteira, em conjunto com a UHE Jupiá, compõe o quarto maior complexo hidrelétrico do Brasil.
Durante a construção, iniciada em 1968, milhares de trabalhadores de diversos lugares do Brasil foram deslocados para a região, formando a vila que daria origem à atual Estância Turística de Ilha Solteira. A UHE Ilha Solteira é um dos maiores empreendimentos da engenharia nacional e uma das mais estratégicas para a Operação do Sistema Elétrico Brasileiro, e, com os novos investimentos, mantém-se também como uma das mais modernas, seguras e confiáveis do Brasil”, destaca Allan Lima, gerente de O&M da CTG Brasil.

Números e curiosidades da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira:

  • O nome da Usina é uma referência direta a uma ilhota localizada à jusante da barragem, no rio Paraná;
  • 30 anos era a média de idade dos técnicos e engenheiros brasileiros envolvidos na obra;
  • 3,6 milhões de m³ de concreto foram utilizados na construção da Usina, suficientes para construir 45 estádios de futebol do tamanho do Maracanã;
  • Com uma barragem de 5,6 km de extensão e um reservatório capaz de armazenar 21 bilhões de m³ de água, a Usina Ilha Solteira poderia abrigar seis Baías de Guanabara, no Rio de Janeiro;
  • Com 3.444 MW de capacidade instalada e 10.055.450,35 MW gerados só em 2022, a UHE Ilha Solteira gera em média energia suficiente para abastecer uma cidade de 3,4 milhões de habitantes;

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.