03/04/2014 – Atualizado em 03/04/2014
A falta de viaturas para atendimentos emergenciais já foi noticiado no site da Rádio Caçula
Por: Marco Campos/Celso Daniel
Em menos de 15 dias, um dos principais serviços emergenciais de Três Lagoas enfrenta novas dificuldades para atender os três-lagoenses que necessitam de auxílios médicos básicos e emergenciais do Serviço de Atendimento móvel de Urgência (SAMU).
Com uma população estimada em 115 mil habitantes, o município possui um único veículo para atendimento nas áreas urbanas e rurais, tendo à disposição desde a manhã desta quinta-feira (03) uma ambulância avançada UTI móvel (ALFA), composta por um médico.
O especialista precisa fazer todos os tipos de procedimentos, desde os mais graves ao mais simples, como atendimentos às pessoas necessitadas como “bêbados” caídos em ruas, fato considerado corriqueiro na cidade.
Outros atendimentos considerados simples, feitos por técnicos de enfermagem também estão sob responsabilidade dos médicos, que sobrecarregam seus plantões.
VEÍCULOS SUCATEADOS
A Rádio Caçula apurou durante a reportagem investigativa que uma das viaturas da unidade permanece sem uso – parada – no pátio do SAMU desde a última quarta-feira (02).
O veículo apresenta problemas mecânicos e elétricos, vazamento considerável de óleo no motor. Um ponto notado pela equipe de jornalismo foram os pneus da viatura que estão visivelmente “carecas”, o que compromete a segurança dos socorristas e pacientes que são transportados diariamente até as unidades de saúde.
O risco de acidentes entre uma ambulância e outros automóveis aumenta ainda mais, devido o carro oficial ter a necessidade de transitar em alta velocidade para salvar vidas durante os resgates e estar da forma lastimável conforme mostram as fotos anexadas nesta matéria.
SE ARRASTANDO
A Rádio Caçula também constatou na data de ontem que a mesma viatura apresentou problemas durante o trajeto para fazer um resgate no código máximo de alerta para atender o chamado feito via telefone 192, geralmente utilizados e chamados por eles da equipe como código 03.
O esforço exigido na viatura comprometeu que ela pudesse ser usada no período seguinte, o da noite.
OUTRA VIATURA SEM CONDIÇÕES E PRÉDIO SEM CONDIÇÕES
Outra viatura do SAMU denominada como “Bravo” também está sem uso e conforme foi apurado pela Rádio Caçula, permanece por tempo indeterminado em uma oficina para a realização de reparos. A estrutura física do prédio do SAMU também compromete a saúde do trabalhador. A unidade feita de forma “improvisada” e entregue pelo poder público a população, faz com que horas de trabalho se transforme em dias de esforço de cada plantonista que se abriga em uma construção pequena.
O espaço de propriedade do Governo Municipal – abrigava antes da instalação do prédio do SAMU – os atendimentos às pessoas que buscavam auxílios ou a realização de exames de doenças sexualmente transmissíveis.
CORPO DE BOMBEIROS
A situação na área da saúde em Três Lagoas se agrava ainda mais com a ausência da viatura de resgate do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas que permanece em manutenção.
Se por ventura ocorrer à necessidade de atendimentos simultâneos, ou mesmo de pessoas que se acidentam nas rodovias da região, os resgates ficarão prejudicados, ou dependendo de alguns casos até em situações complicadas, pois nos incidentes graves em que mais de uma vítima esteja ferido, o município não disponibiliza a estrutura para a realização do resgate, podendo ocasionar ou gerar mortes na demora dos atendimentos.
A Rádio Caçula estará procurando Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas para comentar sobre as denúncias apresentadas na matéria.
-
Content section component
-
-
-
-
