30/05/2016 – Atualizado em 30/05/2016

SAMU novamente sem ambulância, e idosa espera 25 minutos para receber atendimento

Por: Ana Carolina Kozara e Neto com fotos de Rádio Caçula

Os pacientes que precisam receber atendimento dos socorristas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constantemente reclamam da demora da chegada das equipes de resgate até o local da ocorrência, fato este que aconteceu novamente na manhã desta segunda-feira (30), quando uma idosa sofreu um mal súbito enquanto aguardava na fica da SANESUL.

De acordo com informações de populares que acionaram o resgate, a idosa é uma das contempladas no segundo sorteio do Residencial Orestinho e aguardava atendimento na fila da SANESUL, que realizava um mutirão para regularização da situação dos ganhadores.

No momento que a idosa sofreu um mal súbito, populares acionaram o resgate que levou cerca de 20 minutos para chegar até o local e de acordo com informações os atendentes alegavam que desconheciam a localização da SANESUL e por este motivo estavam demorando para chegar.

Há uma semana a equipe de reportagem desta emissora conversou com um profissional ligado ao SAMU, que em conversa extraoficial informou que a condição das viaturas disponibilizadas para o atendimento do público é precária e a velocidade que o veículo circula deve ser reduzida, caso contrario corre-se o risco de a ambulância quebrar no meio do atendimento a um paciente.

Por volta das 19h deste domingo (29) a unidade de suporte básico da SAMU quebrou e ficou estacionada em baixo de um pé de mangueira, ficando apenas uma viatura disponível para realizar os atendimentos dos pacientes.

Apesar da determinação do ministério Público Federal, para que as viaturas do SAMU recebem a devida manutenção, a fim de oferecer o melhor atendimento ao povo três-lagoense, até o momento nenhuma providência foi tomada por parte da administração publica do município.

A lista de irregularidades começa pela desativação de três das cinco ambulâncias que atendiam a região. Dos veículos em funcionamento, apenas um foi encontrado em operação no fim do ano passado. Os outros dois estavam parados em oficinas, um deles há mais de 8 meses.

Outras falhas verificadas foram: falta material básico para atendimento nos procedimentos de urgência; não há lava jato para a limpeza das ambulâncias, falta de abrigo para os veículos; servidores alocados que não passaram por qualificação exigida para a atuação e falta sistema de gravação digital contínua para registro do atendimento por telefone e rádio.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 945 mil da prefeita de Três Lagoas (MS), Márcia Moura (PMDB), e da secretária municipal de saúde do município, Eliane Cristina Figueiredo Brilhante. Por serem as gestoras do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), as duas são acusadas de contribuírem para a precariedade das ambulâncias e da estrutura física do SAMU local. A indisponibilidade dos bens é para garantir possível pagamento de multa civil por improbidade administrativa.

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