Kássia Regina defendia presos ligados ao PCC que estavam em penitenciária de Campo Grande, além de presídios federais.
A Polícia Federal apurou que o Primeiro Comando da Capital (PCC), levantou nomes de servidores públicos federais para sequestrá-los e os usar como uma moeda de troca para libertar Marco Willians Camacho, o “Marcola”.
Informações coletadas depois de análise no computador de Kássia Regina Brianez, de 41 anos, advogada de Três Lagoas presa na última quarta (10) na “Operação Anjos da Guarda”, deflagrada contra o plano de resgate de lideranças da facção.
Ainda com as investigações da PF no relatório analisado, tinha um recado dizendo que caso não houvesse a negociação após o sequestro dos funcionários, eles deveriam ser mortos.
A advogada três-lagoense defendia os presos ligados ao Primeiro Comando da Capital na penitenciária estadual da capital e em outros presídios federais. Ela passou nesta quinta (11) pela audiência de custódia, onde teve a sua prisão mantida pela Justiça, e segue detida na sala de Estado-Maior, que é destinada à prisão de advogados, no Presídio Militar de Campo Grande.
Outros presos, além de “Marcola”, seriam os alvos do resgate, como Reinaldo Teixeira dos Santos, o “Funchal”, que foi condenado pela morte do juiz Antônio José Machado dias em 2003 a mando do PCC, Valdeci Alves dos Santos, o “Colorido”, Esdras Augusto do Nascimento Júnior; e Edmar dos Santos, o “Quirino”, segundo a PF. Todos eles estão presos em presídios federais.
Geilson da Silva, advogado de defesa de Kassia, afirmou que já pediu a Justiça sua prisão domiciliar, por ela ter um filho menor com problemas de saúde, mas o mesmo ainda não foi analisado.