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segunda-feira, 15 de dezembro, 2025

MS lidera recuperação de pastagens e vira referência nacional em agropecuária sustentável

Com políticas públicas, crédito verde e inovação, Estado avança na pecuária de baixo carbono e fortalece competitividade no campo

Mato Grosso do Sul vem se consolidando como referência nacional na recuperação de pastagens degradadas e no desenvolvimento de uma agropecuária sustentável. A estratégia, conduzida pelo Governo do Estado, alia tecnologia, políticas públicas estruturantes e crédito sustentável para ampliar a produtividade no campo com responsabilidade ambiental.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas no território sul-mato-grossense são passíveis de recuperação. O desafio histórico tem sido tratado como prioridade dentro de um setor que se tornou um dos motores da nova economia verde estadual.

O secretário Jaime Verruck destaca que o Estado tem mostrado ser possível produzir mais com menor impacto ambiental. A integração entre governo, produtores rurais e instituições de pesquisa tem acelerado a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho produtivo.

Diversos programas estaduais sustentam esse avanço. Entre eles estão o Prosolo, voltado à restauração de áreas afetadas por erosão e à recuperação da fertilidade do solo; o MS Irriga, que incentiva a ampliação da irrigação sustentável e o uso racional da água; o Plano ABC+ MS, que promove sistemas integrados como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio direto e uso de bioinsumos; o Precoce MS, focado no manejo eficiente e na pecuária de baixo carbono; e o FCO Verde, linha de crédito destinada a projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, o FCO Verde destinou R$ 812 milhões a 771 projetos no Estado.

Estudos de instituições como LAPIG e MapBiomas indicam que Mato Grosso do Sul está entre os estados com maior extensão de áreas classificadas com baixo vigor de pastagem. Parte significativa dessas áreas está localizada no Pantanal, onde a dinâmica natural e a presença de vegetação nativa não caracterizam degradação causada por ação humana, informação considerada essencial para orientar políticas públicas adequadas.

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, a degradação observada no Estado é resultado, principalmente, de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. O desgaste do solo e a queda da produtividade exigiram uma resposta estruturada, que hoje se consolida como política permanente.

No campo da credibilidade internacional, a Semadesc e o Fundems investem R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento de carbono na produção de soja e milho, alinhando o Estado às exigências dos principais mercados globais. Na pecuária, além do reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação, alcançado em 2025, Mato Grosso do Sul avança na implantação do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, com início previsto para 2026 e cobertura total até 2032.

Outro destaque é o desenvolvimento do Selo Verde, que irá integrar dados ambientais e produtivos, garantindo maior transparência socioambiental às cadeias da carne e da soja.

Mato Grosso do Sul também lidera o ranking nacional de áreas com sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, com mais de 3,6 milhões de hectares. O Estado figura ainda entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do país, impulsionado pelo Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Projetos de confinamento sustentável e intensificação de pastagens têm ampliado a produtividade e assegurado o bem-estar animal.

Em parceria com a Agraer, o Senar e instituições federais, o governo estadual investe em capacitações voltadas à adoção de práticas conservacionistas e de baixo carbono. Entre os projetos em destaque estão o Carbono ATeG, que auxilia produtores a mensurar e reduzir emissões de gases de efeito estufa, e o ABC Cerrado, com treinamentos em ILPF, plantio direto e florestas plantadas.

A meta, segundo a Semadesc, é garantir assistência técnica de qualidade e acesso ao crédito sustentável, permitindo que cada propriedade produza mais, conserve os recursos naturais e fortaleça a posição de Mato Grosso do Sul como modelo de agropecuária sustentável no Brasil.

com informações Agência de noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

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