Conferência enviou nota de pesar e solidariedade à Diocese após crime que chocou a região
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamentou oficialmente a morte do padre e advogado Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, encontrado morto no sábado, às margens de uma estrada no distrito industrial de Dourados. Em nota assinada pelo presidente da entidade, dom Jaime Cardeal Spengler, e pelo secretário-geral, dom Ricardo Hoepers, o sacerdote foi descrito como um “presbítero dedicado”, com forte atuação na Diocese de Dourados e no Regional Oeste I.
O texto enviado ao bispo dom Henrique Aparecido de Lima afirma que Alexsandro exerceu seu ministério com zelo, servindo como pároco, coordenador do clero, assessor dos diáconos permanentes e responsável por diversas pastorais. A CNBB manifestou solidariedade aos fiéis, familiares e à comunidade de Douradina, onde o padre atuava desde 2022, pedindo que Deus “acolha o sacerdote na plenitude da misericórdia”.
O crime causou grande comoção na região. Horas após a localização do corpo, cinco suspeitos foram identificados, entre eles três adolescentes. Um servente de pedreiro de 18 anos foi preso em flagrante e confessou o assassinato. Ele afirmou à Polícia Civil que planejava roubar o carro do padre, um Jeep Renegade, que pretendia vender no Paraguai por R$ 40 mil. O jovem relatou ainda que teria sido forçado a praticar ato sexual no momento do encontro, o que, segundo sua versão, motivou o homicídio cometido com golpes de marreta e faca. Ele também declarou que sofria aliciamento desde a adolescência.
A morte do padre mobilizou homenagens nas redes sociais. A Diocese de Dourados afirmou que roga a Deus pelo acolhimento da alma do sacerdote, enquanto a Pascom de Douradina destacou sua dedicação e a marca deixada na comunidade. Fiéis lembraram Alexsandro como um homem de fé, querido e reconhecido por homilias que “tocavam a alma”.
A Polícia Civil segue ouvindo depoimentos e reunindo provas para esclarecer completamente a dinâmica do latrocínio e a participação de todos os envolvidos. O caso continua em investigação.
com informações Midiamax
