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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Ciclone: Descubra como é o fenômeno que afeta regiões do sul do Brasil

A passagem de um ciclone extratropical resultou em perdas de vidas e danos nos estados do Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul.

De acordo com o governo gaúcho, três pessoas perderam a vida e 11 estão desaparecidas. Mais de R$ 1 milhão serão destinados a cinco municípios gaúchos afetados pelas condições climáticas adversas.

Um ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que se forma fora dos trópicos. Ele está associado a frentes frias e é encontrado em médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros do relógio, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).

O ciclone que atingiu o sul do país, associado a uma frente fria, se formou no Oceano Atlântico ao longo da semana. A área de baixa pressão nos níveis médios e altos da atmosfera intensificou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.

Essa situação causa a possibilidade de danos, como deslizamentos de terra, chuvas intensas e ventos fortes, quando o ciclone se aproxima do continente. A meteorologista Estael Sias explica em um vídeo publicado no canal da MetSul, uma plataforma de conteúdo meteorológico, que isso representa um risco maior, com previsão de chuvas excessivas, acumulados muito altos e ventos fortes.

Na Região Sul, por exemplo, são esperadas rajadas de vento superiores a 80 km/h, de acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os volumes de chuva ultrapassam 100 milímetros em um período de 24 horas. Além dos estados do sul, o fenômeno também atingiu áreas do estado de São Paulo.

Os danos causados pelo ciclone extratropical na quinta-feira (15) incluem a morte de uma pessoa em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e vários estragos em outras cidades gaúchas, incluindo Porto Alegre.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, grandes volumes de chuva ainda estão previstos para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná neste fim de semana. Em São Paulo, espera-se um acúmulo significativo de chuva, principalmente no Vale da Ribeira, com volumes superiores a 100 milímetros em 24 horas.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou hoje o repasse de R$ 1,1 milhão para cinco municípios afetados pelo ciclone extratropical. Ele explicou em sua conta no Twitter que os recursos são remanescentes do total destinado a outra emergência climática ocorrida em março no estado.

Leite aproveitou para alertar sobre a previsão de mais chuvas ao longo do dia e assegurou que o governo está mobilizado para lidar com a situação. As cidades mais afetadas foram Itati, Dom Pedro de Alcântara, Maquiné, Moinhos do Sul e Três Forquil

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.