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CCJ do Senado conclui votação de projeto que autoriza prisão em 2ª instância

Votação poderia ser a etapa final no Senado. Mas um grupo de senadores quer obrigar o projeto a passar também pelo plenário.

12/12/2019 08h01
Por: Ruth Farias com informações do G1.

BRASIL – A Comissão de Constituição e Justiça do Senado concluiu a votação do projeto de lei que autoriza a prisão de condenados em segunda instância. Mas manobra vai obrigar o texto a passar pelo plenário e só em 2020.

A segunda votação nesta quarta-feira (11) na Comissão de Constituição e Justiça poderia ser a etapa final no Senado, mas um grupo de senadores, comandados pelo líder do governo, Fernando Bezerra, do MDB, está reunindo assinaturas e vai obrigar o projeto a passar também pelo plenário.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, é a favor de aprovar o quanto antes uma lei que permita a prisão após condenação em segunda instância

Um acordo de líderes no Congresso decidiu apoiar o texto que muda a Constituição, com um caminho mais longo e difícil de aprovação do que o projeto que está no Senado, que altera o Código de Processo Civil.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas, disse que a votação do projeto aprovado nesta quarta na CCJ vai ficar mesmo para 2020.

“A gente entende que o melhor caminho para não causar polêmica ou até mesmo a judicialização, o questionamento desse projeto de lei é através da emenda constitucional que está sendo debatida na Câmara dos Deputados”, disse.

Na Câmara, a comissão especial que discute a PEC aprovou nesta quarta convite para os 11 ministros do Supremo, para o presidente do Superior Tribunal de Justiça, para o ministro da Justiça, e para o procurador-geral da República. Pelo calendário, as audiências serão realizadas entre janeiro e fevereiro.

A PEC seria votada na comissão especial em março. Depois, ainda terá que passar por duas votações no plenário da Câmara e, só aí, seguirá para o Senado provavelmente em abril.

“Nós vamos entregar uma solução estruturante para a questão da morosidade do Poder Judiciário do Brasil num tempo que vai surpreender o povo brasileiro. O povo brasileiro merece isso”, disse o deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

A maioria dos senadores não aceita esperar até abril e quer, em paralelo, seguir em frente com a mudança no Código Penal. Cientes de que será difícil avançar em 2019, eles dizem que vão pressionar Davi Alcolumbre a votar o projeto do Senado logo na primeira semana de fevereiro, assim que acabar o recesso parlamentar.

“Nada impede que a Proposta de Emenda Constitucional, a PEC lá da Câmara, continue andando, até porque elas se completam, mas, o mais urgente, o mais imperioso é que se atenda, se entre em sintonia com as multidões de brasileiros que querem a volta da prisão em segunda instância porque o Brasil está virando um paraíso de delinquentes porque as portas das cadeias estão abertas para aqueles que recorreram após a segunda instância”, disse o senador Lasier Martins (Podemos- RS), autor do projeto.

“Há uma estratégia de protelação que é arquitetada por aqueles que não desejam o restabelecimento da prisão em segunda instância. Isso está visível, é, sem dúvida nenhuma, uma conspiração contra o restabelecimento da prisão em segunda instância. Joga-se para as calendas na esperança de se esvaziar o movimento popular de pressão para impedir que a prisão em segunda instância se consolide com a sua inserção na nossa legislação de forma definitiva”, disse o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

No início da noite, o presidente Jair Bolsonaro disse que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, tem autonomia. Perguntado se concorda em deixar a votação da prisão em segunda instância para 2020, ele disse que respeita o que o Congresso decidir.

“O Parlamento é outro poder e está escrito na Constituição que é independente. Ele decide o que fazer nesta questão. Eu costumo dizer que não entro no mérito, não questiono. Uma vez o Parlamento votando, caso seja uma propositura que passe por possível sanção ou veto meu, eu tomo uma posição”, disse.

CCJ do Senado conclui votação de projeto que autoriza prisão em 2ª instância. Foto: G1

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