Nome reconhecido do combate à violência contra à mulher em Três Lagoas foi a última entrevistada do “Linha Direta com a Notícia – Especial Semana da Mulher” desta sexta-feira (08) na Caçula FM.

A série de entrevistas do “Linha Direta com a Notícia – Especial Semana da Mulher”, encerrou nesta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher conversou com a Cabo Selma, integrante do PROMUSE (Programa Mulher Segura) do 2° Batalhão de Polícia Militar (2°BPM) de Três Lagoas, onde o asssunto foi à respeito dos trabalhos realizados no combate à violência contra a mulher em Três Lagoas.

Selma explicou que o PROMUSE é um programa que visa um policiamento especializado na prevenção à violência, com ações que classificam a situação que passa a vítima, seja por fiscalizações, acompanhamentos, até que se tranquilize o fato, ou até que essa mulher se sinta segura, como um “ombro” para apoiar essa pessoa.

O atendimento do PROMUSE, segundo Selma, é humanizado, onde o atendimento, sem nenhum julgamento, está com essa mulher no momento em que ela precisar, afastando essa vítima do convívio do agressor, aliadas com medidas judiciais. Ela explica que mesmo assim, muitos acabam desrespeitando essa ordem, onde caso sejam flagrados pela equipe, são presos, ou em situações em que a vítima solicita a presença dos policiais, garantindo que ele não volte à incomodar e que a mesma não ceda nesse momento delicado. Hoje, o PROMUSE é composto por quatro integrantes, junto da própria Cabo Selma.

O “Ciclo da Violência”, como é chamado, tem início na tensão, com xingamentos, ofensas, passando para a parte em que o agressor “explode” e acaba rompendo o relacionamento, onde a própria vítima, ou o homem, sai da residência, onde esse ciclo finaliza quando esse indivíduo se mostra arrependido e volta com esse agressor. É nesse momento, que a fase inicial recomeça, o que pode generar outros tipos de violência, chegando até, em muitos casos ao feminicídio.

A identificação de que a vítima passa por essa situação é essencial, também segundo o coordenador do PROMUSE em Três Lagoas, Ten. Pedro. Onde desde da denúncia, seja pelo 190, ou pelo instagram oficial, até o acionamento das autoridades, e de outros órgãos de segurança é importante para que ela possa romper esse ciclo, e assim, combater esse mal tão grave da sociedade, que é a violência.

Ao final, questionada sobre “Ser Mulher”, Cabo Selma respondeu que, para ela, é “ser guerreira, ser mãe, ser humana, e ter empatia”, onde acabou se identificando com o trabalho do PROMUSE por se colocar no lugar daquelas mulheres, vítimas de violência.

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Gisella Peron: “Ser mulher é ser gente, ser humana”

Mel Nunes e Rosimeire Cardoso: “Ser mulher é uma dádiva, ter muita fé e perseverança”

Silvia Pipoqueira: “Ser mulher é ser tudo”