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Após 50 anos, aposentada paga dívida a comerciante do Paraná

Geral – 14/03/2012 – 14:03

Uma aposentada, de 84 anos, que mora em Curitiba, pediu para que as duas netas pagassem uma conta da década de 60 a um comerciante, também curitibano.

A aposentada ficou devendo, na época, 7.490 cruzeiros.

O valor pago pela aposentada foi de R$ 150.

A honestidade de dona Hermelinda Granado, também conhecida como Linda, surpreendeu o comerciante Celso Leitóles.

Ele afirmou não lembrar da dívida depois de tanto tempo.

“Ela disse – você não se lembra, mas eu me lembro que te devo.

E eu quero te pagar”.

A aposentada contou que na época não pôde pagar a dívida porque o marido tinha ficado doente e que a família havia passado por uma crise financeira.

“Eu fui pagando com muito sacrifício as dívidas maiores e nunca esqueci da conta com o Celso”, explicou.

O bilhete com a anotações das compras que a idosa tinha feito foi levado pelas netas junto com o valor atualizado.

Ela conta que gostaria de ter ido procurar o comerciante pessoalmente, mas não pôde por conta de um problema nas pernas, que a impede de andar.

Na lista de compras, feita pelo comerciante no dia da compra, constam um pacote de açúcar, três pacotes de café, dois quilos de arroz, um pacote de macarrão, meio quilo de banha, um quilo de feijão e um pote de margarina.

O armazém de Celso foi fechado em 1961.

Na época, comum em vários estabelecimentos, ele vendia fiado e deixava uma cópia da lista com os clientes.

“Eu não quis aceitar, mas as netas disseram que se eu não aceitasse a Linda iria ficar muito ‘sentida’ porque ela faz questão de pagar”, relatou o comerciante.

“Eu acho que ainda existe muita gente honesta.

A gente sempre diz que não existe mais gente assim (…), mas eu acredito que ainda existe muita gente boa que quer mudar esse país, que quer ajudar o próximo e quer ver um Brasil diferente.

Eu fiquei emocionado”, desabafou o comerciante.

“Agora eu estou aliviada e contente.

Não devo mais nada para ninguém.

Eu fui ensinada pelos meus pais que nunca deveria pegar que fosse uma agulha dos outros.

A honestidade é tudo!”, finalizou a aposentada.

Fonte: G1

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