07/11/2013 – Atualizado em 07/11/2013
Akira Otsubo participa de assinatura de decreto que permite a 80 rádios sul-mato-grossenses AM migrarem para a faixa FM
O evento marcou o Dia do Radialista
Por: Assessoria
O deputado federal Akira Otsubo (PMDB/MS) participou na manhã de hoje (07/11), no Palácio do Planalto, da solenidade de assinatura do decreto que permite a migração de 80 rádios AM sul-mato-grossenses para a faixa FM. Em todo o Brasil serão beneficiadas 1.772 rádios. O governo federal deve abrir linha de crédito para que os empresários tenham condições de trocas os equipamentos.
De acordo com o parlamentar sul-mato-grossense, um dos defensores da publicação do decreto junto ao Ministério das Comunicações, “as emissoras terão prazo máximo de um ano para solicitar a mudança da frequência de AM para FM. Depois da autorização do Ministério das Comunicações, as empresas poderão continuar operando nas duas faixas por um período de cinco anos, até a migração definitiva”, explicando que as emissoras terão alguns custos para fazer a alteração, como a diferença no valor de outorga e com os equipamentos de transmissão.
No entanto, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o processo de licença será simplificado, e as empresas interessadas podem buscar financiamento para comprar os transmissores, para tanto o Governo federal deve oferecer financiamento ao setor. A estimativa é de que a troca de seus sistemas de transmissão de sinal, que inclui transmissores, antenas e equipamentos auxiliares, terá custo médio é de cerca de R$ 85 mil para cada emissora.
A assinatura deste decreto pela presidente Dilma Rousseff, no Dia do Radialista, teve a presença de representantes de 17 emissoras radiofônicas do Estado, que festejaram a decisão. “Gloria a Deus!!! Esse era um anseio que a classe de radiodifusores, principalmente da Rádio AM, que pleiteava essa mudança. Essa migração é um ganho enorme para os radiodifusores e, principalmente, para população”, afirmou o diretor-geral da Radio Cultura FM 680, de Campo Grande, Luciano Barbosa Rodrigues.
Também a mesma motivação demonstrou o diretor-geral da Rádio Caçula, de Três Lagoas, Romeu de Campos Júnior, que afirmou: “As rádios AM são um patrimônio do país e a migração vai melhorar a qualidade, com menor ruído e interferência”. Nelson e Felipe Feitosa, diretores do Grupo Feitosa de Comunicação, que administra a cinco rádios AM no Estado, também enalteceram a iniciativa da presidente Dilma Rousseff.
Segundo informações existem radialistas que não tem condições para obtenção de recursos para compra de equipamentos, e necessitaram de linhas de crédito. O Ministro Paulo Bernardo disse, após a solenidade, que haverá linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os donos de rádios e que as primeiras migrações devem ocorrer em janeiro deste ano.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, “das 1.772 emissoras de AM do país, 79% delas tem até cinco Kw. O faturamento médio dessas emissoras não passa de R$ 50 mil por mês. Essas empresas são as que mais foram afetadas pela qualidade do áudio. Com a migração para o FM, elas serão a renovação, o ressurgimento dessas empresas para que continuem competindo num ambiente de convergência tecnológica, de internet e de mídias sociais”.
A data escolhida para a assinatura pela presidente coincide com o Dia do Radialista, homenagem a Ary Barroso, compositor mineiro que foi radialista, locutor esportivo, artista de radionovelas, enfim, “fez de tudo em rádio”, conforme Dilma Rousseff em seu discurso.
