Esporte – 12/04/2013 – 19:04
“Aqui ninguém é inegociável.”
Foi assim que Paulo Nobre se referiu a Valdivia.
O presidente que se dizia grande amigo do meia chileno…
E que o recuperaria ao Palmeiras parece ter se rendido.
Ainda mais depois da aula de entrega dada pelo time contra o Libertad.
Há um enorme movimento dentro do clube exigindo a saída do jogador.
Ele é dono do maior salário.
Recebe perto de R$ 500 mil.
Vai completamente contra a filosofia que Nobre quer implementar.
Tem contrato até 2015.
Seus números são assustadores.
Entre suspensões e contusões, já ficou mais de 100 partidas fora do time.
Além de se machucar, sua recuperação é lenta demais.
E quando joga não costuma mostrar raça, vibração.
Muito pelo contrário, não luta, não se envolve emocionalmente no jogo.
As críticas dos torcedores e conselheiros são uma constante.
Valdivia não combina com o atual elenco.
Não tem o espírito vibrante que empolgou o Pacaembu.
Muitos acreditam que se estivesse ontem a vibração seria bem menor.
Nobre já conversou com Valdivia.
Ele até que estava animado antes da última contusão.
Tinha jogado bem na derrota para o Tigre na Argentina.
Antes da partida arrumou uma confusão imensa com a Mancha Verde.
No aquecimento mostrou a genitália para torcedores que o xingavam.
Depois, no aeroporto, foi salvo pelos companheiros.
Parte da Mancha Verde tentou o agredir.
Acabou sobrando para Fernando Prass.
O goleiro sofreu um corte na orelha depois que uma xícara o atingiu.
Veio a contusão muscular e novo afastamento do meia.
Em 2013 só houve uma proposta pelo jogador.
O Colo Colo tentou levá-lo por empréstimo.
Mas o Palmeiras recusou.
Paulo Nobre foi aconselhado a repetir o que fez com Barcos.
Trocá-lo por vários jogadores medianos.
O problema é simples.
Não há interessados.
Valdivia conseguiu uma fama de atleta caro e que não joga.
É rejeitado em várias equipes.
Gilson Kleina já o chamou para diversas conversas.
Ouviu várias promessas que ele seria o líder do time
Principalmente na Série B.
A competição que é a prioridade do Palmeiras no ano.
Só que Kleina sabe que ele não combina com as batalhas da Segunda Divisão.
Em gramados ruins, contra times correndo muito, Valdivia teria dificuldade em atuar.
E poderia até prejudicar o Palmeiras, diminuindo o ritmo do time.
Mas o treinador não pode tornar isso público.
Então age como fez com Marcos Assunção.
Kleina não queria a sua renovação.
O considerava sem força física para marcar.
Mas não abriu a mão publicamente.
O volante simplesmente não renovou contrato e foi para o Santos.
Talvez nem ele saiba que o técnico não o queria.
Assim age o Palmeiras em relação a Valdivia.
Não compra a briga para não desvalorizá-lo mais do que já está.
É nítido que não combina com o atual momento palmeirense.
Ele tem contrato até 2015.
Completará 30 anos em outubro.
Há uma certeza no Palestra Itália.
Se surgir qualquer interessado, a proposta será analisada com carinho.
Como nunca foi desde que ele voltou ao clube nas mãos de Belluzzo.
O Palmeiras envolveu R$ 18 milhões no seu retorno.
O resultado fraquíssimo.
Perdeu valor de mercado.
Deixou de ser convocado para a Seleção Chilena.
Deveria ter uma chance com o técnico Sampaoli.
Nobre não falará jamais em público.
Mas ele também sabe.
Passou da hora de Valdivia sair.
Apenas espera pelo mais difícil: interessados.
Valdivia não combina com este novo Palmeiras…
Fonte: Portal R7
