Deputado sul-mato-grossense pelo PP reforçou apoio à ex-presidente e pede pacificação política.
O deputado federal Luiz Ovando (PP-MS) voltou a se posicionar publicamente sobre a crise política em Brasília e as recentes medidas judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à Caçula FM nesta sexta-feira, 08, no programa ‘A Hora da Notícia’, o parlamentar afirmou que Bolsonaro é vítima de um “processo de vingança pessoal” e não de justiça institucional, criticando diretamente decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ovando disse que a prisão domiciliar e o uso de tornozeleira eletrônica impostos ao ex-presidente não têm respaldo jurídico adequado, pois não houve condenação formal. “A vingança é pessoal, a justiça é institucional. O que vemos é um ministro passando por cima até da Procuradoria-Geral da República, que sequer foi consultada”, afirmou.
O deputado classificou o atual cenário político como um “consórcio entre STF e Executivo” e defendeu a votação urgente do PL da Anistia, alegando que muitos dos investigados nos atos de 8 de janeiro de 2023 estavam apenas exercendo seu direito constitucional de manifestação. “Não houve golpe. Houve depredação, que deve ser punida, mas prisão de 15 a 17 anos para quem apenas protestava é injustiça”, disse.
Além do tema político, Ovando anunciou R$ 6 milhões em investimentos para a saúde de Três Lagoas, incluindo R$ 3,6 milhões para a estruturação da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), R$ 300 mil para veículos adaptados, meio milhão para combate à Covid-19 e recursos para projetos esportivos, como o Brasil em Campo, além da reforma do Ginásio de Esportes Cacildo Acre Rocha.
O parlamentar destacou o trabalho do Hospital Auxiliadora, elogiando a gestão da instituição. Porém, alertou para problemas estruturais na atenção primária à saúde no Brasil. Segundo ele, o excesso de encaminhamentos e exames desnecessários gera custos elevados e atrasa diagnósticos. “Precisamos reciclar médicos da linha de frente para que resolvam mais casos na atenção básica e evitem desperdícios”, defendeu.