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segunda-feira, 9 de junho, 2025

Mato Grosso do Sul mantém controle da febre amarela e amplia cobertura vacinal

No Dia da Imunização, Mato Grosso do Sul apresenta um cenário positivo no combate à febre amarela: o estado não registra casos humanos confirmados da doença desde 2015, apesar do crescimento da circulação do vírus no Brasil e nas Américas em 2025. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), de 2020 a maio deste ano, 42 casos suspeitos foram notificados em 20 municípios — todos descartados após análise laboratorial.

A gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, atribui o controle à vigilância ativa e ao monitoramento contínuo, especialmente em áreas de risco como Corumbá e Ponta Porã, na fronteira. “Esse acompanhamento é fundamental para evitar a reintrodução da doença”, afirma.

Em 2024, o estado alcançou 86% de cobertura vacinal — o melhor índice dos últimos cinco anos, mas ainda abaixo da meta nacional de 90%. “A vacina é segura, gratuita e essencial. Avançamos, mas ainda precisamos atingir a meta”, reforça Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.

A febre amarela voltou a preocupar autoridades em 2025, com mais de 220 casos e 89 mortes confirmadas nas Américas até maio, um aumento superior a 800% em relação a 2024. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destaca que a maioria das vítimas não estava vacinada, o que reforça a importância da imunização como principal medida preventiva.

A vacina é indicada para pessoas de 9 meses a 59 anos. Quem ainda não se vacinou deve procurar uma unidade básica de saúde para atualizar a caderneta. Segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a proteção é vitalícia com dose única.

Além da vacinação, o estado investe em ações de vigilância entomológica, monitoramento de epizootias (morte de primatas não humanos) e capacitação dos municípios para notificação imediata. Os primatas, inclusive, são considerados sentinelas da doença — sinais de adoecimento ou morte desses animais em área silvestre podem indicar circulação viral e devem ser comunicados às autoridades.

A coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias, destaca o papel da informação como ferramenta de prevenção. “Combater mitos e levar orientação clara às comunidades fortalece a consciência coletiva. A verdadeira proteção está na vacina.”

A febre amarela é uma infecção viral transmitida por mosquitos, com dois ciclos de transmissão: o silvestre (Haemagogus e Sabethes) e o urbano (Aedes aegypti). Os sintomas incluem febre súbita, dores no corpo, fadiga e, em casos graves, complicações que podem ser fatais. Ao perceber os sinais, a orientação é buscar atendimento médico imediato.

Com informações Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

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