29.5 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Apesar de fila, busca por visto americano aumenta em MS

Polícia Federal emitiu 112.807 passaportes no Estado entre 2018 e o primeiro semestre deste ano

A busca pelo sonho americano está em alta em Mato Grosso do Sul, comparado ao primeiro semestre do ano passado. Consultorias especializadas no processo burocrático de tirar o visto para os Estados Unidos comentam que a fila de espera para entrevista em consulados tardia a viagem, mas não desanima quem quer ir para terra do “Tio Sam”.

Segundo os dados da Polícia Federal, foram emitidos 112.807 passaportes no Estado entre 2018 ao primeiro semestre deste ano. O departamento instalado no Shopping Campo Grande liderou com 72.321 emissões de passaporte comum para viagem. No fim de 2022, o setor paralisou a emissão por falta de verba orçamentária, normalizando a situação no dia 26 de dezembro.

Vale lembrar que visto é uma autorização do país de pretensão para visita que garantindo aptidão de entrar no território. Já o passaporte é um documento emitido que demonstra a vontade da pessoa de visitar outros locais do mundo.

pf
Processo de retirada para o passaporte (Polícia Federal)

Maiana Barros, explica que a consultoria é uma assessoria para solicitação do visto americano, ela atua com autorizados temporárias para turismo, negócios, intercâmbios, tratamento médico, trânsito. Segundo ela, a procura é grande em todos os perfis de interessados em viajar, mas em algumas épocas do ano, alguns tipos de visto se destacam.

“Por exemplo, nas férias de final de ano, existem vários programas de intercâmbio para estudo e trabalho. De maio a julho, os vistos de estudo, pois o ano letivo nos Estados Unidos se inicia em agosto. Já para o visto de turismo, a procura é grande o ano todo. Cuido de todo o processo burocrático para sua solicitação, como preenchimento dos formulários oficiais, auxílio no pagamento da taxa consular, agendamento e preparo para a entrevista”, disse.

O processo para tirar o visto para estudo e trabalho costuma ser mais ágil, com média de espera de uma semana para entrevista no consulado. Para vistos de turismo, a espera já é maior. Nos Consulados do Rio de Janeiro e Brasília, Maria diz que o turista conseguiria uma entrevista consular ainda para este ano, mas para os Consulados de São Paulo, Recife e Porto Alegre apenas para o ano que vem. O valor do visto não imigrante é de USD 185, aproximadamente R$906,00.

“Temos cinco consulados no Brasil: São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Você pode comparecer em qualquer um deles para sua entrevista consular. Hoje, as pessoas estão filtrando mais pela data, devido ao tempo de espera, do que pelo consulado. Em geral, quem vive em Mato Grosso do Sul prefere passar pela entrevista consular em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”.

Fila até 2024

Mariana Bessa de Miranda é gerente de vistos da World Service Assessoria de Vistos de Campo Grande, atuando com agendamento. A especialista com que a rota de viagem preferida do campo-grandense continua sendo Orlando e Miami, na Flórida, assim como a maioria dos brasileiros.

Para dar início ao processo é necessário separar documentação pessoal, assinar termo de ciência, cópias de passaporte, comprovante de pagamento e uma cópia de visto antigo (se tiver).

“A fila continua grande, os agendamentos estavam tudo para final de 2024. São Paulo, por exemplo, as datas já estavam para 2025. Porém, eles diminuíram o prazo, as datas para entrevista já estão para primeiro semestre de 2024. Nós oferecemos um serviço à parte, de tentativa de antecipação de entrevista, muitos estão optando por esse serviço devido à viagem próxima”.

Visto mais caro

Embora o desejo para o estranheiro, o visto americano ficou mais caro desde junho, saindo de US$ 160 para US$ 185, de R$ 809 para R$ 935. A taxação parte do departamento americano para processamento da solicitação de vistos de não-imigrantes.

  • Visto para negócio ou turismo: R$ 809 para R$ 935;
  • Visto para estudantes e intercâmbio: R$ 809 para R$ 935;
  • Visto para trabalhadores temporários: R$ 961 para R$ 1.036;
  • Visto para comércio ou investidor: R$ 1.036 para R$ 1.593.

Fonte: Midiamax

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Firjan aponta fragilidade fiscal em parte dos municípios de MS

Apesar de avanços, 17 cidades do Estado estão em situação difícil ou crítica; Campo Grande tem desempenho preocupante

DÍVIDA ZERO – REFIS 2025 lançado pela Prefeitura de TL garante 100% de desconto no primeiro mês

Contribuintes têm até janeiro de 2026 para quitar débitos municipais com descontos progressivos em multas e juros. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da...

Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.