36.2 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Nós por Elas: instituto sem fins lucrativos fundado por mulheres

Marcela Bocayuva, sócia fundadora: “Queremos um mundo em que as mulheres sejam livres e independentes”

Marcela é advogada, sócia e fundadora do escritório Bocayuva & Advogados Associados. Coordenadora da Escola Nacional da Magistratura. Mestra em Direito Público. Pós-graduada pela Fundação Escola do Ministério Público. Certificada em negociação e liderança pela Universidade de Harvard. Foi Professora e pesquisadora do Uniceub e da pós-graduação da faculdade Estácio. Parecerista da Revista da Escola Nacional da Magistratura- ENM e da Revista da Escola do Tribunal Regional Eleitoral do RJ – TRE-RJ. Possui certificação de auditora em compliance e política de antissuborno ISO 37001 e ISO 370301. Possui diversos artigos e livros publicados.


Nós por Elas: instituto sem fins lucrativos fundado por mulheres terá Renata Gil e Luiza Brunet para fomentarem iniciativas no combate à violência contra mulher*

“Queremos um mundo em que as mulheres sejam livres e independentes”, diz Renata Gil, juíza de direito e fundadora do Instituto Nós por Elas, que será lançado no dia 18 de abril, em Brasília. Após realização de várias ações em prol das mulheres à frente da presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade de juízes do mundo, o instituto nasce com o objetivo de ser um importante aliado na continuidade de ações para o combate à violência contra mulheres, tanto no Brasil quanto em outros países.

Renata Gil afirma que o Nós por Elas não medirá esforços para atuar enquanto uma mulher se sentir amedrontada ou ameaçada. “Sabemos que o caminho é longo e que há muito a ser feito. Queremos que nosso Instituto seja referência mundial em políticas públicas para as mulheres, mas este é um trabalho que vai além do gênero feminino: é uma luta de homens, mulheres, autoridades, lideranças e sociedade civil”, ressalta a juíza.

Luiza Brunet é Embaixadora do Instituto, vítima de agressão e ativista na defesa das mulheres, além da advogada Marcela Bocayuva, a gestora Thainá Moares e a AGU Daiane Nogueira, responsáveis pelo impulsionamento deste grande movimento.

“A voz das mulheres que sofrem agressão não pode ser reprimida, ela deve ecoar até ser ouvida”, diz Brunet, que completa: “A liberdade feminina não pode estar sob risco, não podemos aceitar violência alguma contra as mulheres. Nosso trabalho está pautado na propagação do compromisso das organizações/instituições que defendam e acolham as mulheres vítimas de violência, mas não é só. Investiremos em disseminar informações sobre apoio à denúncia nos casos de violência e independência econômica. Estas iniciativas merecem a atenção de toda a população brasileira.”

*Selo nós por elas*

Uma das ações inovadoras do Instituto Nós por Elas será o selo em parceria com a ABNT para certificar as organizações comprometidas com o combate à violência contra a mulher, assim como funciona a certificação ISO9001, ISO37001, essa certificação será um exemplo para o mundo. O selo “nós por elas” será um grande avanço na conscientização coletiva dessa pauta, de modo que as empresas, organizações e instituições serão submetidas à auditoria e posteriormente poderão receber a certificação desde que comprovem a adoção dos protocolos para proteção da mulher de acordo as diretrizes de normas nacionais e internacionais.

*Campanha do Sinal Vermelho e Resgate das juízas afegãs*

Projetos voltados à proteção das mulheres foram um marco na gestão da juíza Renata Gil a frente da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) entre 2020 a 2022. O instituto Nós por Elas é fruto do desdobramento de várias dessas ações, como ação humanitária de resgate das juízas afegãs, reconhecida mundialmente por salvar vidas de juízas ameaçadas de morte pelo talibã e trazê-las ao Brasil, além da Campanha do Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, que virou lei federal e destaque em todo o país. A campanha foi uma grande forma de conscientização para que as mulheres, vítimas de violência, se sentissem seguras para denunciarem quaisquer tipos de violência. As mulheres são orientadas a desenhar um “x” vermelho na palma da mão e mostrá-lo em comércios, bancos, escolas e diversos locais como pedido de socorro. Com isso, a campanha viralizou e alcançou milhares de pessoas, tornando-se conhecida no Brasil e no mundo.

veja mais em:   Marcela Bocayuva | LinkedIn e Marcela Bocayuva (@marcelabocayuva)  Instagram

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Firjan aponta fragilidade fiscal em parte dos municípios de MS

Apesar de avanços, 17 cidades do Estado estão em situação difícil ou crítica; Campo Grande tem desempenho preocupante

DÍVIDA ZERO – REFIS 2025 lançado pela Prefeitura de TL garante 100% de desconto no primeiro mês

Contribuintes têm até janeiro de 2026 para quitar débitos municipais com descontos progressivos em multas e juros. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da...

Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.