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Três Lagoas
segunda-feira, 21 de julho, 2025

Três Lagoas vive uma incógnita em relação ao tratamento de esgoto

08/03/2014 – Atualizado em 08/03/2014

Muitos não dão certa importância ao serviço de saneamento mais no texto a seguir, explanaremos questões fundamentais para a saúde humana e ambiental.

Por: Rayani Santa Cruz

Atualmente a cidade trabalha coletando os resíduos e detritos das empresas, estes por sua vez passam por uma estação de tratamento e posteriormente são jogados no rio Paraná, de acordo com informações depois de tratado esse material pode ser lançado nos rios sem causar
danos ao meio ambiente.

As estações de tratamento de esgoto (ETE) de Três Lagoas operam no sistema conhecido como Anaeróbio por Digestão, e usam uma estrutura chamada RALF (Reator Anaeróbio de Manto de Lodo e Fluxo Ascendente). Essa estrutura permite que todo o detrito de esgoto seja consumido por bactérias que não precisam de oxigênio para sobreviver, ou seja, após o esgoto ser inserido no Reator ele permanece por 8 horas fechado, assim as bactérias consomem os detritos e os resíduos sólidos como pedra e areia são separados para outra parte do sistema.

Vamos entender o processo: primeiramente todo o esgoto é recolhido por caminhões, depois estes são deslocados até a estação do Jupiá, e descarregados no Ralf, ai começa o processo de tratamento. Certos problemas se iniciam nesse processo.

MOTORISTAS DESCARREGANDO A MEIO REGISTRO

Muitos motoristas afirmam que para descarregar um caminhão ficam até 3 horas no local, e conforme chega mais veículos é estendida uma fila na estação.

Este é o menor dos problemas, em conversa com um profissional da área que não quis se identificar, descobriu-se que os caminhões de detritos são descarregados a meio registro, o trabalho poderia ser feito em 30 minutos, mas devido a grande quantidade de pedras e areia que é sugado na hora do recolhimento, tem que ter um cuidado extremo para não “forçar” o Reator ao descarregar.

“A Estação não suporta dois caminhões descarregando simultaneamente, pois a vazão é de 20 litros de resíduos por segundo” afirma o rapaz.

PROBLEMAS NA ESTAÇÃO

O profissional afirmou a reportagem que Três Lagoas possuía dois sistemas de tratamento, mas um não está funcionando devido a um mal funcionamento que teria ocorrido após o acumulo de resíduos sólidos (pedras e areia), por isso a única operadora está sendo poupada.

Esses resíduos sólidos que sobram no Ralf, são chamados de lodo, e após o tratamento eram retirados e jogados no aterro sanitário, para não acumular na estação, o trabalhador alegou que a “alguém ”proibiu que esse lodo fosse jogado no aterro e por isso a empresa terceirizada não sabe o que fazer com essa matéria, que é atualmente esta sendo mantida no Reator.

“Eu não sei se foi o IMASUL ou a prefeitura que proibiu, mas isso prejudicou muito o trabalho de tratamento de esgoto na cidade, nós só temos uma estação e temos que cuidar dela, por haver um grande acumulo resíduos sólidos ela pode parar, seria um colapso e aí a cidade inteira vai parar… As filas dos caminhões não são nada perto do que pode ocorrer” explica o rapaz.

Outra bomba que está prestes a explodir é uma possível paralisação dos motoristas que prestam o serviço de recolhimento do esgoto. Estes funcionários reclamam de questões salariais e condições de trabalho.

O X da questão é que quais foram os motivos da licença ambiental ser caçada?
Há uma necessidade de saber quais serão as providências tomadas pela prefeitura municipal, pois o tratamento de esgoto é uma questão de saúde pública.

A população precisa de uma solução para este problema, no dia 12 de março a Câmara Municipal terá uma Reunião Pública que tratará das questões de saneamento básico e abastecimento de água na cidade.

Foto: Facebook Arquivo

Material é jogado no rio Paraná depois do tratamento.Foto: Facebook Arquivo

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