26/09/2015 – Atualizado em 26/09/2015
Por: Tribuna Livre
Muitas alunas já denunciaram o professor R.C.F. de 48 anos, de abuso e a Polícia acredita que, após a repercussão do fato, mais vítimas apareçam dizendo que foram abusadas por ele.
A delegada responsável pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Paranaíba, Eva Maira Cogo, concedeu entrevista e disse que as denúncias de abuso e do comportamento inadequado do professor não são casos isolados.
A delegada contou que, durante as investigações, diversas testemunhas, entre elas, colegas de trabalho, confirmaram sua fama de galanteador e que o professor tem um filho de 20 anos com uma ex-aluna. Na época, segundo a polícia, a menina tinha 14 anos, metade da idade do suspeito e idade semelhante às vítimas que denunciaram o professor por estupro há cerca de um mês em Paranaíba, que tem entre 9 e 12 anos.
Comportamento
As testemunhas disseram, em depoimento, que os abusos aconteciam dentro da sala de aula de uma escola rural, no distrito de São João do Aporé, do município de Paranaíba, na divisa com Goiás. O professor dava aulas de matemática e educação física.
Segundo elas, o professor tinha o costume de abraçar as alunas por trás e aproveitava a oportunidade para acariciar as vítimas, conforme a delegada. Ele começou a ser investigado pelos crimes de estupro há 35 dias e foi preso na segunda-feira (14).
A delegada contou ainda que quando o professor soube que a mãe de uma das alunas teria prestado queixa contra ele, o mesmo teria dito para a diretora da escola em que lecionava que, se algo acontecesse, ele mataria a mãe da criança, pois já teria até contratado alguém para executar o “serviço”, entretanto o acusado nega ter feito tal ameaça.
Foragido
Diante da denúncia de ameaça, os investigadores acharam por bem efetuar a prisão preventiva do acusado, porém, quando os policiais foram cumprir o mandado de busca, o professor com apoio de seus familiares empreendeu fuga.
O professor chegou a ficar três semanas foragido, porém, foi preso quando veio visitar seus familiares.
Segundo a delegada, o professor se reservou ao direito de ficar calado e só falar em juízo, negando apenas ter ameaçado a mãe de uma das alunas, mas confirmou ter conversado com um ex-presidiário, apontado como o homem que mataria a mulher caso ela o incriminasse.
Alerta
A delegada Eva Maira alerta aos pais para que deem liberdade aos seus filhos para falarem sobre esses assuntos. “Muitas vezes a criança não conta aos seus pais sobre fatos como este por medo dos pais, medo do que vão pensar. Uma das vítimas, por exemplo, disse que não contou antes para seus pais com medo da reação que eles teriam, de pensar que ela poderia ser a culpada”, disse a delegada.
Ela alertou ainda para os pais orientarem seus filhos sobre os limites que eles devem impor. “Não é porque é professor, que é um amigo, uma pessoa querida, que pode colocar a criança em seu colo, ficar abraçando excessivamente. Não é que todos que fazem esse tipo de coisa são pedófilos, mas o cuidado com os limites nesses casos podem fazer toda diferença. Então o alerta aos pais é que sejam mais amigos de seus filhos”.
A delegada Eva Maira acrescentou ainda que qualquer denúncia deve ser feita pelo telefone (67) 3668-1413 ou pelo Disk Denúncia 181.
