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Três Lagoas
quinta-feira, 5 de junho, 2025

Suzano e UFMS firmam parceria para proteção do macaco-prego-do-papo-amarelo no Cerrado do MS

O objetivo principal da iniciativa é realizar um levantamento minucioso das populações de macaco-prego-do-papo-amarelo em fragmentos florestais prioritários do Corredor Cerrado

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, firmou uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) para proteger e conservar o macaco-prego-do-papo-amarelo (Sapajus cay) em fragmentos de Cerrado na região de Três Lagoas. Iniciado em maio deste ano, o projeto tem duração prevista de dois anos e é coordenado pelo professor Dr. José Rímoli, especialista em primatologia e docente do curso de Ciências Biológicas no campus de Aquidauana. A iniciativa prevê um estudo aprofundado sobre o comportamento da espécie na região.

De acordo com Renato Cipriano Rocha, coordenador de Certificação Florestal da Suzano, a iniciativa integra a linha de atuação voltada à conservação de primatas e palmeiras ameaçados de extinção. “Com uma política de zero desmatamento e 250 mil hectares destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade no estado, a Suzano acredita que é possível continuar produzindo com qualidade e respeitando o meio ambiente. Essa parceria representa um passo importante para a conservação da biodiversidade na região. O macaco-prego-do-papo-amarelo é uma espécie-chave para o equilíbrio do Cerrado, e o estudo da espécie trará dados valiosos para aprimorar as estratégias de conservação da empresa no Mato Grosso do Sul”, completa Renato.

O projeto terá suas primeiras campanhas de monitoramento iniciadas entre maio e junho de 2025 e envolverá estudantes dos cursos de Biologia e Geografia da UFMS, por meio de concessão de bolsas de pesquisa. O objetivo principal é realizar um levantamento minucioso das populações de macaco-prego em fragmentos florestais prioritários do Corredor Cerrado, localizados na área da Unidade de Negócio Florestal da Suzano em Mato Grosso do Sul.

Ao todo, serão 24 meses de atuação, envolvendo atividades de campo, estudo teórico e análise de dados. “O estudo visa não apenas realizar o levantamento das populações, mas também caracterizar o comportamento do macaco-prego-do-papo-amarelo no contexto ecológico, analisando seu padrão de atividades, uso de espaço, dieta e organização social. Serão investigadas ainda as influências sazonais na distribuição de recursos alimentares e a relação entre a espécie e a população humana local, aspectos fundamentais para a elaboração de estratégias de conservação eficientes”, completa José Rímoli, coordenador do projeto.

Macaco-prego-do-papo-amarelo

O macaco-prego-do-papo-amarelo, que habita áreas de Matas de Galeria e ambientes de Cerrado, incluindo algumas dentro do meio urbano, permanece ainda pouco estudado. As informações sobre a ecologia e o comportamento dos primatas neste bioma são relativamente recentes, tornando estudos de longo prazo extremamente importantes para revelar um panorama sobre a situação atual destes animais.

“Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e proteger a nossa fauna vai além dos negócios, é essencial para o futuro que acreditamos ser possível. O nosso objetivo com a Linha de Ação Primatas e Palmeiras é gerar, praticar e compartilhar conhecimento científico para que tanto a empresa quanto a população em geral tenham subsídios para definir as melhores estratégias de proteção das populações de primatas e, consequentemente, contribuir para o equilíbrio e conservação do Cerrado”, completa Renato Cipriano Rocha.

Corredores de biodiversidade

A iniciativa de conservação do macaco-prego faz parte do Compromisso Suzano de Conservar a Biodiversidade. Este compromisso visa conectar mais de 500 mil hectares de fragmentos de áreas prioritárias para conservação por meio de corredores ecológicos no país, incluindo biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Somente em Mato Grosso do Sul, serão 136 mil hectares de áreas prioritárias do Cerrado conectados por meio do equivalente a 394 quilômetros de corredores ecológicos em extensão. A iniciativa prevê ações de restauração ambiental em seis municípios (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas).

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