24/08/2018 17h23
Por: Deyvid Santos
A empresa Sinopec Petroleum do Brasil, antiga empreiteira responsável pelas obras da UFN III em Três Lagoas (MS), entrou no último dia 16 de agosto com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. A empresa reportou um total de dívidas no valor de R$ 121,5 milhões e alegou não ter condições de pagar esse valor.
O pedido de recuperação judicial pode deixar mais difícil para que os credores três-lagoenses recebam as dívidas com a empresa. Isso porque durante a recuperação judicial a empresa poderá pedir a suspensão do pagamento desses credores.
No caso da UFN III, a Petrobras celebrou contrato para construção do empreendimento, no valor de R$ 3,1 bilhões, em agosto de 2011. Na ocasião foi formado o consórcio UFN III, originalmente composto pela Sinopec, GDK e Galvão Engenharia, em partes iguais.
Pouco após o início do projeto, a GDK apresentou dificuldades em manter suas atividades e retirou-se do consórcio, tendo a Galvão Engenharia assumido sua posição e passado a deter 65% do consórcio.
Em fevereiro de 2016 Galvão Engenharia pediu a suspensão das execuções das dívidas do consórcio e alegou a recuperação judicial. Mais de 130 fornecedores em Três Lagoas e região estão sem receber os valores devidos pelo consórcio.
Entre as justificativas da companhia para não conseguir quitar a dívida, além da parada das obras da Unidade de Fertilizantes Hidrogenados de Três Lagoas, está a crise econômica vivida atualmente no país.
Recuperação Judicial
A recuperação judicial tem como principal objetivo encontrar meios para superação da situação de crise econômico-financeira do devedor. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 dias contado da publicação da relação de credores.
Com informações do site Valor.com.br