Estado soma mais de 3 mil empregos formais no setor e se prepara para ampliar mercados com logística estratégica e capacitação profissional
Com 225 empresas ativas e mais de 3 mil empregos formais, o setor têxtil de Mato Grosso do Sul se fortalece como motor de desenvolvimento econômico e social no Estado. A chegada de novos investimentos, como a expansão da Nilcatex para o município de Naviraí, e programas de qualificação profissional, como o MS Qualifica, impulsionam o crescimento da indústria da confecção, marcada pela forte presença feminina e pela geração de renda fora dos grandes centros.
Segundo o Panorama Geral da Indústria da Confecção 2024, Campo Grande concentra mais da metade dos empregos do setor no Estado, com destaque para pequenas e médias empresas. Costureiras e ajudantes de confecção são as funções mais demandadas, exigindo, em sua maioria, ensino médio completo.
Para a presidente do Sindvest, Idalina Zanolli, a consolidação da Rota Bioceânica representa um divisor de águas. A nova ligação entre o Brasil e os portos do Pacífico poderá reduzir custos logísticos e abrir mercados internacionais. “Empresas que hoje não exportam terão a oportunidade de começar”, afirma.
A Nilcatex, com sede em Campo Grande, inaugura uma nova unidade em Naviraí, onde já emprega 37 pessoas e pretende chegar a 115. Com apoio da prefeitura, Senai e Funtrab, a empresa está promovendo cursos de formação de costureiras para suprir a demanda por mão de obra qualificada. “Além de atender à nossa produção, a qualificação beneficia toda a comunidade”, diz Tailene Quintino, gerente de RH da empresa.
Outros exemplos de destaque no setor incluem a Kibela, especializada em moda praia, fitness e ballet, que aposta em modelagens inclusivas e treinamento interno para superar a escassez de profissionais especializados.
Como reforço às políticas públicas, o Governo do Estado lança mais uma etapa do programa MS Qualifica, com cursos gratuitos de costura sob medida oferecidos a partir de agosto em Campo Grande. As vagas são destinadas a públicos em situação de vulnerabilidade, com foco em inclusão produtiva e geração de empregos.
Para a diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi, a qualificação é o elo entre oportunidade e transformação social. “A costura é uma habilidade antiga, mas extremamente atual. Com formação e apoio, é possível empreender ou conquistar autonomia financeira”, afirma.
O setor têxtil sul-mato-grossense se prepara para um novo ciclo de crescimento, alicerçado em qualificação, investimento e oportunidades cada vez mais conectadas ao cenário internacional.
Com informações Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul