Conforme compartilhamos cada vez mais dados sensíveis na internet, a segurança também deve se tornar uma preocupação maior
Proteger informações pessoais tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil conforme uma parte cada vez maior da vida acontece on-line. Aplicativos bancários, redes sociais, serviços de e-mail, mapas com geolocalização, são muitas as formas com que dados sensíveis são compartilhados na internet. E, embora os sites prometam segurança, essas informações podem acabar nas mãos de golpistas por meio de vazamentos e ataques cibernéticos.
Segundo Isabella Ferro, assistente de projetos da SaferNet, empresa de segurança digital, criar senhas fortes é uma das primeiras linhas de defesa para garantir a privacidade e a segurança on-line, mas não deve ser a única medida adotada.
Como criar uma senha forte?
Isabella explica que as senhas podem ser classificadas como fracas, moderadas ou fortes. Entre os exemplos de senhas fracas estão sequências numéricas simples, como “123456”, ou repetições como “111111” que, apesar de fáceis de lembrar, também são fáceis de serem descobertas por invasores.
Para aumentar a segurança, ela recomenda a criação de senhas mais complexas:
“Senhas fortes são aquelas que combinam letras maiúsculas e minúsculas, números, caracteres especiais e que são um pouco mais compridas”, afirma.
Além disso, é fundamental trocar senhas periodicamente e evitar reutilizar a mesma senha em diferentes serviços.
Com tantas recomendações, é comum surgir a dúvida: como lembrar de todas as senhas? Para isso, Isabella sugere o uso de gerenciadores de senhas aplicativos que armazenam senhas de forma segura e exigem apenas uma “chave-mestra” para acessá-las.
Verificação em duas etapas
Outro recurso recomendado por Isabella é a verificação em duas etapas, também chamada de autenticação de dois fatores. Essa ferramenta exige uma segunda forma de verificação além da senha, como um código enviado por SMS ou gerado por aplicativo, dificultando ainda mais o acesso não autorizado às contas.
Como saber se seus dados foram vazados?
Ao se deparar com uma notícia de vazamento de dados, Isabella orienta que o usuário verifique se suas contas foram afetadas. Para isso, é possível consultar o e-mail em plataformas como o Have I Been Pwned, que mostra se ele foi exposto em alguma falha de segurança.
Caso a exposição seja confirmada, o ideal é trocar a senha imediatamente e ficar atento a movimentações suspeitas.
“Sempre que há vazamento de dados também há um risco do furto da nossa identidade”, alerta a especialista.
Por isso, também é importante verificar dados financeiros associados ao seu nome, como empréstimos, contas abertas, cheques sem fundos e outros registros, por meio do Registrato, ferramenta do Banco Central.
Além disso, Isabella recomenda explorar as centrais de privacidade dos aplicativos que você usa. Plataformas como WhatsApp, Instagram e TikTok oferecem configurações que permitem controlar quem pode ver suas informações e como elas são utilizadas.
“No geral, a verificação em duas etapas e trocar senhas periodicamente são dicas bem importantes de segurança. Coisas simples podem nos livrar de muita dor de cabeça”, reforça Isabella.
Informações: CNN Brasil