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domingo, 13 de julho, 2025

Redes sociais afetam emocionalmente meninas mais do que meninos, diz pesquisa

Um estudo publicado na Revista de Comunicación revelou que adolescentes, especialmente meninas, estão mais vulneráveis aos efeitos emocionais do uso frequente de redes sociais como Instagram e TikTok. A pesquisa, realizada por pesquisadores da Universitat Pompeu Fabra, na Espanha, entrevistou 1.043 adolescentes de 12 a 18 anos e destacou que, apesar de reconhecerem os efeitos negativos das plataformas, como pressão estética, comparação e busca por validação, muitos jovens mantêm uma visão neutra sobre o impacto das redes em suas vidas.

Segundo especialistas, essa percepção neutra pode ser perigosa. Os adolescentes tendem a normalizar a comparação excessiva e o uso automático das redes, o que dificulta o reconhecimento de sinais de sofrimento emocional, afirma a neuropsicóloga Ana Lucia Karasin, do Hospital Israelita Albert Einstein.

A psicóloga Bianca Dalmaso, também do Einstein, ressalta que as meninas se mostram mais autocríticas e expostas a conteúdos ligados à aparência, relacionamentos e padrões de beleza irreais, o que aumenta a pressão e pode desencadear ansiedade, distorções de imagem e até sintomas depressivos.

A pesquisa ainda mostrou que os adolescentes reconhecem aspectos positivos nas redes, como a organização de grupos e a sensação de pertencimento. No entanto, o bem-estar emocional recebeu as pontuações mais baixas.

Para as especialistas, o uso automático e sem reflexão compromete a saúde emocional e dificulta a criação de limites. A exposição contínua a conteúdos tóxicos, a busca por curtidas e a vigilância constante sobre a própria imagem podem afetar autoestima, espontaneidade e qualidade das relações fora do ambiente digital.

O estudo também reforça a importância de um uso mais consciente das redes sociais. Perguntas como “Por que eu sigo esse perfil?” ou “Como me sinto depois de usar essa rede?” ajudam os adolescentes a identificar conteúdos prejudiciais.

A recomendação para os pais é manter um diálogo aberto, sem julgamentos, e dar o exemplo ao equilibrar o próprio uso das telas. Atividades offline em família e momentos de desconexão também ajudam a fortalecer os laços e demonstrar que a conexão mais importante é com as pessoas, não com o wi-fi.

Estar presente, segundo as especialistas, não significa apenas supervisionar, mas oferecer um espaço seguro para que filhos compartilhem suas experiências digitais sem medo de punições ou críticas.

Com informações Agência Einstein e CNN Brasil

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