27/12/2017 16h54
Por: Informações / BBC Brasil
Os 7,4 mil quilômetros de praias brasileiras oferecem, além de belezas e descanso durante o verão, riscos muitas vezes desconhecidos. Entre os principais estão viroses, intoxicações ou alergias alimentares, queimaduras solares agudas e acidentes causados por animais marinhos, como águas-vivas, ouriços-do-mar ou arraias.
Segundo a dermatologista Tatiana Villas Boas Gabbi, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), as principais doenças que podem ocorrer são insolação, queimadura solar e desidratação.
Mas há ainda a fitofotodermatose, uma queimadura que ocorre após a pessoa lidar com limão, ou outras frutas cítricas, e se expor ao sol. “Primeiro é preciso lavar bem com sabonete o local do contato”, recomenda Tatiana. “Se ocorrer a queimadura, no entanto, deve-se procurar um dermatologista para que ele prescreva o tratamento adequado.”
Para evitar queimaduras solares, a recomendação é não ir à praia ao ar livre entre às 10h e 16h.
“No início da manhã e no final da tarde os raios solares são menos danosos e os problemas agudos (vermelhidão e dor) são menos prováveis”, diz o dermatologista Vidal Haddad Júnior, da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
“A exposição ao sol causa alterações cumulativas e com o tempo pode gerar lesões pré-neoplásicas (que podem ser precursoras de câncer), carcinomas e envelhecimento da pele.”
Por isso, sempre se deve usar um filtro solar, adequado ao tipo de pele do banhista. A fotoproteção inclui ainda o uso de óculos, viseira, chapéu ou boné, além de ficar mais na sombra.
“Quando a pessoa já tem uma queimadura solar inicial, o mais indicado é uso de camisetas com proteção aos raios ultravioletas do sol, que já existem no mercado”, diz Tatiana. Além disso, deve-se beber bastante água, principalmente as crianças, para evitar a desidratação.
