19.6 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Professores e funcionários de escolas particulares querem ganho real

Educação – 17/02/2013 – 09:02

Professores e funcionários de escolas particulares de Mato Grosso do Sul querem reajuste salarial acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses. Durante assembléia geral da categoria, em Campo Grande, eles pediram 9% de reajuste salarial para os pisos (de professores e funcionários) e para quem ganha acima do piso, o reajuste reivindicado foi de INPC (acumulado nos 12 meses) mais 2% de aumento real.

De acordo com Ricardo Martinez Froes, presidente do Sintrae/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), a data base da categoria é 1º de março. A classe patronal já recebeu ofício com essas e outras reivindicações solicitadas pelos professores e funcionários reunidos em assembléia.

O Sintrae/MS aguarda o pronunciamento da presidenta do Sinepe/MS (sindicato patronal das escolas particulares de MS), professora Maria da Glória Paim Barcellos, na esperança de que sejam aprovadas essas e outras reivindicações da categoria.

Atitude exemplar – Ricardo Froes enalteceu a iniciativa da Funlec , que tem à frente da administração o dr. Mafuci Kadri, que em há mais de três anos consecutivos, antecipa reajuste salarial para professores e funcionários no início de cada ano. Além disso, sempre concede reajuste bem acima da inflação. Ou seja, com ganho real para professores e funcionários.

A Funlec, segundo Ricardo Froes, já adiantou 5% de reajuste salarial e pretende, segundo ele, dar mais 5% de reajuste nos próximos dias. “São atitudes como essa, que valorizam o trabalho dos professores e funcionários, que precisamos adotar em todas as escolas de Mato Grosso do Sul. Afinal, é graças ao trabalho desses profissionais que as escolas se destacam”, argumento Froes.

Esse adiantamento, segundo o presidente do Sintrae, vem a calhar pois no início do ano surgem inúmeros compromissos financeiros para as famílias arcarem, como o IPTU, IPVA, valores das matrículas escolares reajustados e outros gastos.

Reivindicações permanentes – Desde 2001, o Sintrae/MS luta para conseguir aprovar sua “Agenda permanente de reivindicação”, encaminhada todos os anos para a classe patronal. Professores e trabalhadores em escolas particulares de MS querem alcançar os seguintes benefícios:

1- Bolsa de estudos para o trabalhador(a) e seus dependentes legais;

2- Salários dignos para todos os níveis do ensino;

3- Férias coletivas de trinta dias em janeiro;

4- Adicional por tempo de serviço denominado quinquenio;

5- PL – planejamento – pagamento de quatro horas-aulas a cada jornada de 20 horas semanais, inclusos na jornada contratual;

6- Recesso integral de 15 dias em julho;

7- Unificação do recesso de julho em todas as escolas;

8- Adicional por qualificação;

9- Pagamento de comissão para cargos de coordenação e direção escolar;

10- Regulamentação do EAD;

11- Feriado escolar no dia 15 de outubro;

12- Adicional por aluno, quando ultrapassar 30 alunos por sala;

13- Assegurar na CCT a qualificação continuada dos docentes em cursos de pós, mestrado e doutorado;

14- Assegurar adicional de insalubridade aos trabalhadores, em que suas atividades demandem necessidade;

15- Plano de saúde para os trabalhadores e seus dependentes;

16- Plano de cargos e salários para o setor privado de ensino.

Fonte: Assessoria de Comunicação

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Firjan aponta fragilidade fiscal em parte dos municípios de MS

Apesar de avanços, 17 cidades do Estado estão em situação difícil ou crítica; Campo Grande tem desempenho preocupante

DÍVIDA ZERO – REFIS 2025 lançado pela Prefeitura de TL garante 100% de desconto no primeiro mês

Contribuintes têm até janeiro de 2026 para quitar débitos municipais com descontos progressivos em multas e juros. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da...

Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.