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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Processo de criação do partido Rede é arquivado

07/02/2014 – Atualizado em 07/02/2014

Por: FOLHAPRESS

Quatro meses após negar a criação do partido da ex-senadora Marina Silva por ausência do apoio popular exigido em lei, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mandou ontem o pedido para o arquivo.

Na linguagem jurídica, o caso “transitou em julgado”, ou seja, chegou ao seu fim sem possibilidade de alteração.

A Rede Sustentabilidade, movimento político liderado por Marina, começou a colher assinaturas de apoio no início de 2013, mas chegou à data limite para sua criação com cerca de 50 mil nomes a menos do que o mínimo necessário, que é de 492 mil.

A criação até o início de outubro do ano passado era necessária, pela lei, para que o partido pudesse participar das eleições de 2014, possivelmente com a ex-senadora como candidata à Presidência da República.

Devido à insuficiência de assinaturas, o TSE recusou o pedido em outubro, ocasião em que Marina e seus ex-aliados afirmaram que continuariam com o processo de criação da legenda.

Dias após aquele revés, porém, Marina anunciou a adesão ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PE) e ingressou no PSB. A partir daí, a Rede praticamente abandonou o recolhimento sistemático das assinaturas que faltavam.

Isso se deve a um cálculo político. Como a maioria dos aliados da ex-senadora ingressou no PSB para participar das eleições deste ano, é conveniente para eles que a Rede só seja criada após outubro.

Isso porque a lei prevê uma janela de 30 dias para que os políticos migrem para uma nova legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Ou seja, se fosse criada antes das eleições, a Rede “desperdiçaria” a janela que espera usar para abrigar os políticos que conseguir eleger pelo PSB.

A assessoria da Rede afirmou que assim que o movimento voltar a recolher as assinaturas e conseguir os cerca de 40 mil nomes que faltam, entrará com um pedido de desarquivamento do caso no TSE.

A assessoria técnica do TSE afirmou que, como não há precedente desse tipo de pedido, caberia ao presidente do tribunal, Marco Aurélio Mello, decidir. Há a possibilidade também de a Rede entrar com novo pedido de registro, solicitando que os documentos do caso arquivado sejam anexados ao novo processo.

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.