Geral – 28/04/2012 – 07:04
Caso passará a correr em segredo de Justiça; crime ocorreu na segunda no Maranhão
A polícia pediu a prisão temporária de dois suspeitos de terem participado do assassinato do jornalista Décio Sá, morto com seis tiros na noite de segunda-feira (23), quando estava sozinho em um bar em São Luís (MA).
O secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (27) e informou que não serão mais divulgadas informações sobre o caso, que passará a correr em segredo de Justiça. A intenção é chegar até o mandante do crime e não apenas nos envolvidos.
A coletiva foi realizada na sede da SSP e teve a participação da delegada geral de Polícia Civil, Maria Cristina Resende Menezes; e do superintendente estadual de investigação criminal, Marcos Afonso.
O caso deixará de ser investigado pela Delegacia de Homicídios e passará para a responsabilidade da Superintendência de Investigação Criminal.O secretário justificou que a estrutura da Superintendência é mais adequada.
De acordo com a SSP do Maranhão, imagens de circuitos internos e das barreiras eletrônicas na área da avenida Litorânea, onde fica o bar em que Sá estava no momento do crime, foram recolhidas e estão sendo analisadas pela polícia. Familiares e frequentadores do bar estão sendo ouvidos pelos delegados que acompanham o caso.
Segundo as investigações, o crime vinha sendo planejado há algum tempo, e foi executado por profissionais. De acordo com os depoimentos já ouvidos, a polícia afirma que o jornalista estava sendo acompanhado desde a saída da porta do jornal O Estado do Maranhão, onde trabalhava, até chegar ao bar.
A Secretaria de Segurança revela também que e ao fugir, o criminoso deixou cair o carregador da arma pistola .40. O levantamento aponta que houve uma troca de veículos. De acordo com a polícia, os criminosos teriam deixado a motocicleta em um local próximo à barreira eletrônica e seguido em um carro.
Com relação ao calibre de uso particular das forças policiais, o secretário do Estado esclareceu que o armamento pode ter chegado aos criminosos por diversos caminhos, entre os quais, as fronteiras do País.
A polícia disse ainda que, segundo as primeiras investigações, o blogueiro não demonstrava estar recebendo ameaças de morte. O computador e o telefone pessoal do jornalista já estão em poder da Polícia.
Fonte: R7