Operação Apagão III revela irregularidades em 10 estabelecimentos e prejuízo de R$ 280 mil aos cofres públicos, onde energia desviada abasteceria 8 mil casas, segundo concessionária.
Três Lagoas amanheceu com sirenes e mandados nesta terça-feira, 10, quando a Polícia Civil, em ação conjunta com a Neoenergia Elektro, deflagrou a Operação Apagão III. O alvo foram grandes consumidores de energia que estavam fraudando o sistema elétrico para abastecer seus negócios sem pagar um centavo, incluindo casas noturnas, mercados, lanchonetes e restaurantes da cidade.
Ao todo, mais de 30 policiais civis, entre investigadores, escrivães, delegados, peritos criminais e auxiliares da perícia, foram mobilizados pela Seção de Investigações Gerais (SIG), além de engenheiros e técnicos da Neoenergia. A operação fiscalizou 10 estabelecimentos comerciais, e o resultado foi alarmante, onde 100% deles apresentavam irregularidades no consumo de energia elétrica.



Um dos alvos, um empresário responsável por um dos locais vistoriados, foi preso em flagrante por furto qualificado mediante fraude, crime que não permite pagamento de fiança. Ele foi encaminhado à Delegacia e segue à disposição da Justiça. Os demais envolvidos não estavam nos imóveis no momento da fiscalização, mas responderão pelos mesmos crimes, cujas penas podem ultrapassar oito anos de prisão.
De acordo com os técnicos da Neoenergia Elektro, a quantidade de energia desviada seria suficiente para abastecer 8 mil residências por um mês inteiro. Além disso, o esquema causou um rombo de aproximadamente R$ 280 mil em impostos não recolhidos, entre tributos federais e estaduais.
Com a terceira fase da operação concluída, a Polícia Civil contabiliza agora cinco prisões em flagrante e 32 pessoas já indiciadas por furto de energia elétrica somente em Três Lagoas.




