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PF prende policiais que teriam beneficiado Sarney, Collor e Lobão contra Lava Jato

21/10/2016 – Atualizado em 21/10/2016

Agentes do legislativo tinham feito ‘varredura’ para ‘livrar’ senadores

Por: Mídia Max

A Polícia Federal denominou de ‘Métis’ a operação que culminou com a prisão de quatro policiais legislativos acusados de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, beneficiando o ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e os senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA) .

Segundo a PF, a operação desta sexta-feira (21), busca desarticular o que ela classificou de ‘organização criminosa’. Os presos já teriam sido suspensos do exercício da função pública por determinação da Justiça Federal.

“Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo Diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de Senadores e ex-Senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência”, diz parte de uma nota divulgada pela PF.

Durante a operação foram presos o diretor da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, que segundo o Jornal Folha de São Paulo, é um servidor de confiança do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e os agentes Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares.

“Em um dos eventos, o Diretor da Polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador”, diz a nota da PF.

A PF revelou que, por determinação da 10º Vara Federal do Distrito Federal, cumpriu nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo quatro de prisão e cinco de busca e apreensão, um deles dentro das dependências da Polícia do Senado, no Congresso Nacional.

De acordo com o Jornal O Estado de São Paulo, o MPF (Ministério Público Federal) informou que um policial legislativo contou, em sua delação premiada, que servidores do Senado utilizaram equipamentos de segurança da Casa para fazer varreduras em imóveis particulares e funcionais ligados a três senadores e um ex-parlamentar investigados na Operação Lava Jato, com intuito de promover a chamada ‘contrainteligência’, localizando e destruindo eventuais sistemas utilizados para escutas telefônicas e ambientes.

O Jornal Folha de São Paulo incluiu a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) entre os parlamentares que tiveram os imóveis funcionais em Brasília vistoriados pelos policias legislativos. Todavia, não há informações se os senadores sabiam ou autorizaram as varreduras.

Quatro policiais legislativos faziam varreduras na casa de senadores investigados (Foto: Reprodução/José Cruz/EBC)

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