21/05/2014 – Atualizado em 21/05/2014
Por: Campo Grande News
Os anúncios de garotas de programas nos classificados de jornais impressos ainda existem, mas as facilidades da internet tem mudado este mercado. Quem vive da prostituição e procura trabalhar com o que chamam de “público diferenciado” ou “alto padrão”, investe cada vez mais no ambiente virtual. A maioria esconde o rosto, mas há quem se revela por inteiro.
Prova de que o mercado da profissão mais antiga da mundo também sofreu mudanças, são os sites especializados, que contam até com tabelas de preços detalhados e fotos profissionais (em vários ângulos), além dos blogs, fóruns e até as propagandas em redes sociais – no Facebook e no Twitter -, onde é possível encontrar, inclusive, as “cafetinas virtuais”. O WhatsApp é um dos recursos mais atuais.
“No site são garotas de luxo. Não é povão não”, explica um dos responsáveis por manter uma página do segmento em Campo Grande. No jornal, por conta do espaço, a maioria, segundo ele, não coloca foto, se descreve em três linhas, e o cliente liga achando que o programa é “cinquentão”.
A vantagem da internet, aponta, é que dá pra ver a idade, o que faz, o que não faz e onde atende, por exemplo. “Quem procura são pessoas em um nível mais classe A, com certa condição financeira. São homens de 30, 35 anos, geralmente viajantes. As meninas cobram de R$ 200,00 a R$ 400,00. “Elas se sentem mais valorizadas”, declara.
“Mas o preço está quase sempre na faixa dos R$ 150,00, R$ 300,00. Depende da mina”, conta um jovem que já manteve contato com acompanhantes, mas prefere ir em casas noturnas, as conhecidas zonas.
Ele as classifica como um “produto subjetivo” e garante que tem emoção envolvida. “Se ela for com a tua cara, sai mais barato, não cobra, te leva para casa para não ter que pagar motel…”., diz. E quem contrata, explica, nem sempre exige sexo. “Tem uns que nego que quer sair mostrando na rua mesmo”, conta.
Marketing do sexo – Para quem busca programa na internet não faltam opções. Em um dos sites de Mato Grosso do Sul, as garotas são apresentadas como “modelos”, mas é só navegar para ver que o negócio é outro.
Elas exibem fotos, deixam claro as preferências na cama e facilitam a negociação informando onde atendem. Em outro, é possível filtrar a busca por loiras, morenas, ruivas e mulatas. Neste, as apresentações são mais completas. “Gata deslumbrante, linda de corpo e rosto, super discreta e muito delicada. Agrada qualquer um, por mais exigente que seja”, escreveu uma.
“Linda, sem decepções. Se você procura prazer eu sou a mulher certa. Recém chegada a Campo Grande e separada. Estou subindo pelas paredes e te esperando”, anuncia outra. As mais “marketeiras” não poupam expressões impublicáveis.
“A internet é tendência”, resume outro “especialista do assunto”. De certa forma, o ambiente virtual “facilitou” para os dois lados, observa, “porque, na zona, a conversa é outra. Normalmente os donos levam parte dos programas e as minas ainda tem que fazer o bar girar, ou seja, tem que fazer os caras beberem e pagarem bebidas para elas”.
A nova moda, no entanto, são as garotas que, segundo ele, “faz coisas” pela webcam. “Mas isso não tem em Mato Grosso do Sul”, adianta.

