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Três Lagoas
sábado, 25 de outubro, 2025

Palestra aborda papel da família na proteção contra as drogas em Três Lagoas

Evento ministrado pela psicóloga Estela Xavier será promovido pelo projeto ‘Amigos do Desafio Jovem Peniel’ nesta sexta-feira, 21 às 19h, com entrada gratuíta.

Na noite desta sexta-feira, 21, o auditório do Hotel OT, em Três Lagoas, será palco de um importante debate sobre o papel da família na prevenção ao uso de drogas. A psicóloga Estela Xavier ministrará uma palestra, promovida pelos ‘Amigos do Desafio Jovem Peniel’, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Três Lagoas. O evento tem como objetivo orientar pais e responsáveis ​​sobre estratégias para fortalecer os vínculos familiares e, assim, proteger crianças e adolescentes da iniciação no consumo de substâncias psicoativas.

Em entrevista ao programa A Hora da Notícia, da Caçula FM 96,9, a psicóloga destacou a preocupação com o aumento do acesso de adolescentes a drogas lícitas, como álcool e cigarros eletrônicos, além das ilicitas, como a maconha e a cocaína. “Sabemos que o acesso é cada vez mais fácil e, infelizmente, os jovens estão iniciando o consumo muito cedo. A prevenção precisa começar dentro de casa, com diálogo e presença ativa dos pais”, alertou.

Com 16 anos atuando como psicóloga clínica e mais de uma década trabalhando na recuperação de dependentes químicos, Estela Xavier enfatizou a necessidade de um olhar atento para os sinais que indicam o envolvimento

Durante a entrevista, a psicóloga ressaltou que um dos grandes desafios é a dificuldade dos pais em conversar sobre o tema com os filhos. “A comunicação se torna mais difícil na adolescência porque, muitas vezes, ela não foi estabelecida na infância. O ideal é que, desde cedo, a criança tenha informações claras sobre o que são as drogas e os impactos que elas podem causar. E um fator determinante é o exemplo dos pais. Não adianta dizer que o filho não pode beber, mas consumir álcool regularmente em casa”, explicou.

Outro ponto abordado foi a influência dos grupos sociais e a necessidade de pertencimento dos jovens. “O adolescente busca acessível. Se ele não se sente valorizado na família, pode encontrar esse reconhecimento no grupo de amigos, onde muitas vezes a experimentação de drogas é vista como um rito de passagem”, disse Estela.

Além da prevenção, um especialista também falou sobre a realidade de adultos que tentam abandonar o vício, mas enfrentam recaídas. “O cérebro cria uma dependência química e emocional das substâncias. Uma pessoa pode até ficar abstinente por um tempo, mas, sem acompanhamento psicológico e apoio familiar, qualquer frustração pode levá-la de volta ao consumo”, relatou.

Ela relatou a história de um ex-paciente que, apesar de ter tido um bom sucesso financeiro e profissional, teve sua vida ruir devido à dependência química. “Ele começou a usar cocaína esporadicamente, mas, após o término de um relacionamento, passou a consumir diariamente. Em poucos anos, perdeu mais de R$ 2 milhões, vendeu todos os bens e precisou recorrer a um CAPS. Infelizmente, descobri que depois ele foi preso e sua vida desmoronou”, contou.

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