10/06/2014 – Atualizado em 10/06/2014
A mulher convive com o Pterígio no globo ocular
Por: Ray Santa Cruz
Eliane Amaro de 36 anos, é mais uma cidadã a espera de atendimento adequado pelo Sistema Único de Saúde Pública (SUS) de Três Lagoas, a trabalhadora convive há muitos anos com uma doença ocular chamada Pterígio ou pterígeo, que é um crescimento do tecido da conjuntiva sobre a córnea, a parte transparente do olho.
Eliane mora com os pais e com os filhos na Rua Quixeramobim, bairro Santa Luzia, e conta que faz 10 anos que a doença a afetou a sua visão. Ela passou por consultas no Centro de Especialidades Médicas (CEM), e após um tempo conseguiu fazer o primeiro procedimento de retirada do tecido que estava cobrindo a córnea, no entanto, o problema voltou e será necessário uma nova operação.
“O oftalmologista disse que é devido ao calor, e ao sol forte, agora vou ter que fazer outra cirurgia para corrigir o problema em 100%, e tenho fé em Deus que vai dar certo” afirma Amaro.
Em meio aos afazeres da casa, a família ainda disse a equipe de reportagem que a guia e pedido do médico foi concluída, mas, depois da reforma no CEM o documento foi extraviado e todo o processo teve que ser feito novamente.
“Eles perderam minhas guias na reforma e faz dois anos que estou correndo atrás, mesmo com o risco de ficar cega de vez” desabafa a paciente.
Amaro explica que já compareceu na secretaria de saúde e prefeitura para pedir uma certa aceleração no processo, pois o oftalmologista alegou que a operação era de urgência, mas, as respostas sempre são as mesmas, afirmando que ela está na fila de espera do procedimento ocular e que não existe uma data específica.
Como toda mulher guerreira, Eliane trabalha fora mesmo com toda a dificuldade para enxergar, ao chegar em casa ela vira dona de casa e segue ajudando os pais idosos e cuidando dos filhos, com esperança de que tudo dará certo a Três-lagoense sorri ao falar das dificuldades e afirma que com fé, conseguirá realizar o procedimento ainda esse ano, e não esquece de acrescentar, “é ano político, né (sic) eles sempre vem correr atrás da gente nessa época,(risos)”.
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