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sexta-feira, 19 de dezembro, 2025

Novas regras vão deixar CNH até R$ 1 mil mais cara

Autoescolas terão que investir em aparelhos para fotografar e comprovar que aluno fez aulas práticas.

Novas regras publicadas pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), nesta semana, alteram exigências feitas às autoescolas e alunos no curso para obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Antes, aulas práticas tinham que ser registradas em vídeo, exceto das categorias de motocicletas e as de até 50 cilindradas, chamadas de “cinquentinhas”. Agora, aulas de todas as categorias terão que ser fotografadas para comprovar que o aluno fez a aula.

Com isso, as 250 autoescolas do Estado devem gastar mais com câmeras ou empresas que prestam o serviço e, em consequência, subir os preços. A Associação dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Mato Grosso do Sul prevê elevação de até R$ 1 mil no preço do curso de formação, tanto para carros quanto para motos. As autoescolas têm até 60 dias para se adequarem.

Atualmente, são exigidas 20 horas de aulas práticas, mas ocorria com frequência de as autoescolas oferecerem menos aulas para motociclistas que não podiam pagar o pacote. Com a exigência de fotografar as aulas, isso será impossível.

Preços – O preço para tirar a CNH, que já subiu 15% com a alta da gasolina nos últimos meses e chega a R$ 3,5 mil na Capital, contando com as taxas do Detran, que ficam em R$ R$ 843,76, poderá alcançar os R$ 4,5 mil, em média, nas 56 autoescolas da cidade.

Clique aqui para ver detalhes dos preços atuais, em levantamento feito pelo Campo Grande News, na semana passada.

A previsão de alta no preço é do presidente da associação que representa as autoescolas em MS, Jairo Ricci.

“Acredito que, neste mês, as autoescolas vão manter os preços, mas no próximo, já deve começar a subir, porque terão que comprar celulares para capturar as fotos e pagar as empresas que prestam esse serviço. Isso pode encarecer cerca de R$ 3 por aula”, prevê Jairo.

O presidente da associação acredita que por conta de muitas exigências, a carteira se tornou muito cara e a população de baixa renda não dá conta de arcar com os valores.

Embora não seja certo, a gente sente que as autoescolas estavam se adequando a realidade econômica da população para que as pessoas conseguissem tirar a carteira. As leis são feitas por legisladores nacionais que estão nos grandes centros e não sabem a realidade de cada Estado”, lamenta Jairo.

Jairo lembra que uma resolução do órgão nacional de 2020 determina que as aulas sejam feitas também nas ruas. “Aqui, isso não acontece para as motos. As aulas são só no Detran, que tem uma estrutura muito boa, mas fica repetitivo para o aluno que já sabe pilotar fazer 20 horas lá. Então, acredito que isso terá que ser revisto”, pontua.

Contagem regressiva no Preço – A proprietária da Autoescola Aliança, Rosana Maria Ramos Frerking, já está fazendo as contas e prevê aumentar o preço nas próximas semanas, quando adquirir novos equipamentos. Ela também acredita que o preço da carteira pode ficar até R$ 1 mil mais caro para o aluno.

Campo Grande News

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