Pais procuraram a imprensa da cidade de Nova Andradina (MS) para relatarem preocupação com a continuidade do projeto que também foi questionado na Capital e em Três Lagoas.
23/10/2019 09h49
Por: Julia Vasquez
NOVA ANDRADINA (MS) – Novas denúncias contra o projeto Herói Mirim foram feitas através da imprensa. Desta vez, na cidade de Nova Andradina, cidade 301 KM distante da capital Campo Grande, local onde também ocorreram denúncias sobre o projeto.
Nas últimas horas, vários pais de crianças residentes na cidade entraram em contato com a imprensa local para relatarem preocupação sobre o projeto Herói Mirim, desenvolvido na cidade pela o empresário Dyone Dias Luzini (Dyone Dias Luzini ME), com sede em Rondonópolis (MT).
De acordo com os pais, o projeto prometia aulas de primeiros socorros, ética, civismo, educação no trânsito, segurança no lar, salvamento e outras disciplinas, e foi interrompido pela suposta falta de pagamento da empresa com os instrutores.
Segundo apurado pela reportagem, Dyone Dias Luzini responde à ações trabalhistas, no Estado do Mato Grosso , todas elas, impetradas por instrutores do projeto que alegam falta de pagamento.
Em Campo Grande (MS), o empresário também foi denunciado por pais que contratarm o curso Herói Mirim porém, sentiram-se lesados e prejudicados, quando as obrigações contratuais que não foram cumpridas.
Entre elas, os pais relataram a suspensão das aulas, uniforme inadequado (os pais pagaram por um farda e recebram uma camiseta).
Além das reclamações feitas pelos pais, o diretor de um colégio que alugou a quadra de seu estabelecimento também relatou que o responsável pelo curso Herói Mirim, Dyone Dias Luzini, é suspeito de não depositar o dinheiro do aluguel da quadra esportiva onde as aulas aconteciam, em Campo Grande MS).
Ao ser cobrado pelo pagamento do aluguel da quadra, Dyone Luzini aplicou o golpe do “envelope vazio”.
De acordo com o proprietário do colégio, Dyone deixou Campo Grande devendo R$ 1.300,00 de alguel e, aproximadamente 150 vítimas, que contrataram o curso, mas seus filhos não receberam todas as aulas e materiais acordados em contrato.
Em Três Lagoas (MS), o empresário Dyone Luzini também instalou o projeto Herói Miriam, valendo-se de imagens que remetiam ao Corpo de Bombeiors, com o objetivo de demonstrar credibilidade na cidade.
No entanto, após as primeiras denúncias o comandante do 5º GBM de Três Lagoas Leandro Arruda posicionou-se na imprensa e disse que a corporação nada tinha a ver com o projeto do empresário Dyone.
A partir disso, o empresário procurou a redação da Caçula para uma entrevista (veja na íntegra logo abaixo) para explicar sobre o seu projeto e negou toas as acusações.
Cerca de 150 pais de alunos, sendo de Campo Grande e Três Lagoas, se organizam para denunciar o empresário à Justiça. No interior, a denúncia é que ele fugiu sem prestar os serviços, mas continua cobrando as mensalidades.
No Procom de Três Lagoas, há apenas um registro de reclamação de pais contratantes do projeto Herói Mirim.
De acordo com o coordenador do Procon de Três Lagoas, Adenaldo Nunes, após ser notificado para uma reunião, Dyone alegou que os instrutores contratados na cidade “não tinham responsabilidade, que faltavam se justificativa e,por isso, as aulas eram suspensas”, comentou o coordenador.
Apesar das reclamações na mídia, não há registro de Boletim de Ocorrências sobre o caso.
Veja entrevista na íntegra
