Dados do novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde, mostram que Mato Grosso do Sul teve queda expressiva no número de mortes causadas por hepatites B e C nos últimos dez anos. Entre 2014 e 2024, os óbitos por hepatite B caíram 72%, passando de 11 para 3. Já as mortes por hepatite C diminuíram 67%, de 31 para 10.
Apesar do avanço, o ministério alerta para a necessidade de ampliar a testagem e o acesso ao tratamento, especialmente no caso da hepatite B. Neste mês de julho, dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, a campanha “Um teste pode mudar tudo” reforça a importância do diagnóstico precoce e do início do tratamento.
O número de casos confirmados de hepatite B também caiu: foram 23 registros em 2013 contra apenas 5 em 2023. Por outro lado, os casos de hepatite C seguem elevados. Em 2024, foram confirmados 178 casos no Estado, acima da média da última década.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o SUS oferece vacinas, testes rápidos e terapias eficazes. “Desde a implementação dos testes rápidos, avançamos no enfrentamento das hepatites virais. É importante reforçar que temos recursos disponíveis e orientação clara sobre o tratamento”, destacou.
Para melhorar o controle da doença, o Ministério da Saúde lançou uma plataforma de monitoramento, inspirada na estratégia de combate ao HIV, que mostra o número de pessoas diagnosticadas, quantas iniciaram o tratamento e o tempo médio de acompanhamento por estado e município.
Em Mato Grosso do Sul, os dados mostram que, em 2024, 1.118 pessoas foram indicadas ao tratamento da hepatite B, mas apenas 430 iniciaram o acompanhamento. Para a hepatite C, das 130 pessoas indicadas, 96 iniciaram o tratamento. Em nível nacional, os índices também indicam que menos da metade dos pacientes com hepatite B começaram a se tratar.
A ampliação da testagem e o incentivo ao tratamento seguem como desafios centrais para o controle das hepatites virais no país.
Com informações Campo Grande News