Estado não confirma casos em 2025, mas mantém bloqueio vacinal nas fronteiras após alerta da Bolívia e do Paraguai
Mato Grosso do Sul descartou 48 notificações de suspeita de sarampo em 2025, mas ainda investiga 36 casos. Até o momento, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) não confirmou nenhuma infecção. Mesmo assim, o órgão reforça que continuará adotando medidas de contenção da doença, sobretudo na região de fronteira.
A orientação às prefeituras é manter a vigilância ativa, a coleta laboratorial em todos os casos suspeitos e o bloqueio vacinal seletivo. O alerta vem em meio ao aumento de ocorrências na Bolívia e no Paraguai, além de registros no Brasil, já são 27 casos confirmados no país neste ano.
“O sarampo apresenta elevada transmissibilidade, por isso a prevenção exige vigilância ativa, investigação imediata e bloqueio vacinal seletivo. A cobertura da tríplice viral é determinante para manter o Estado sem registros da doença”, reforça Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.
Prevenção reforçada
Desde 2024, Mato Grosso do Sul intensifica as ações de combate ao sarampo. Entre as iniciativas está a campanha “MS Vacina Mais: Sarampo”, realizada em agosto, que contou com Dia D de mobilização. Também está em vigor a chamada dose zero para bebês de 6 a 11 meses, além da atualização da carteira vacinal de crianças, jovens e adultos de 12 meses a 59 anos com esquema incompleto.
A Secretaria Estadual ainda promove reuniões com dirigentes municipais de saúde e o seminário “Imersão em Sarampo”, em Dourados e Ponta Porã, para treinar profissionais no diagnóstico precoce, vigilância epidemiológica e estratégias de imunização.
Estado está há 5 anos sem casos
O último registro de sarampo em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2020, quando Campo Grande confirmou dez contaminações. No ano anterior, houve quatro casos, dois em Três Lagoas e dois na Capital.
A meta nacional é atingir 95% de cobertura vacinal em crianças de 1 ano com a vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Atualmente, MS está abaixo do índice recomendado: 88,85% de aplicação da primeira dose e 73,70% da segunda. A média nacional é um pouco superior, com 91,31% (1ª dose) e 74,66% (2ª dose).
A vacina Tríplice Viral está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do Estado.
Com informações: Midiamax