O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, apresentou nesta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa, a nova arquitetura da saúde regional, com foco na regionalização da atenção hospitalar e a proposta de uma Parceria Público-Privada (PPP) para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). O projeto visa melhorar a estrutura hospitalar e ampliar o acesso da população aos serviços de média e alta complexidade nos 79 municípios do estado.
A iniciativa, considerada uma das prioridades da atual gestão, foi detalhada por Riedel e pelos secretários Maurício Simões (Saúde) e Eliane Detoni (Parcerias Estratégicas). Segundo o governador, a proposta foi construída com base em dois anos de estudos técnicos e análise de indicadores hospitalares. “Este é um momento importante para esclarecer o projeto e nivelar as informações, muitas vezes distorcidas. Estamos seguros da base técnica que embasa essa mudança”, afirmou.
O plano prevê a criação de um “novo cinturão da saúde”, com reorganização da rede hospitalar regional e otimização da capacidade de atendimento. A proposta da PPP no HRMS inclui a ampliação do número de leitos de 362 para 577 e o aumento nas internações mensais, que devem passar de 1.400 para mais de 2.700 – crescimento estimado em 96%. Além disso, espera-se uma economia de até 35% por internação.
A parceria com a iniciativa privada ficará responsável pelos serviços não assistenciais do hospital, como nutrição, lavanderia, limpeza, manutenção, recepção e fornecimento de insumos. A secretária Eliane Detoni reforçou que o atendimento continuará sendo 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gratuito e universal.
De acordo com o secretário Maurício Simões, a proposta nasce do plano diretor de regionalização da saúde, considerando as necessidades e características de cada região. “O Estado enfrenta uma carência significativa de leitos, principalmente para atendimentos de alta complexidade. A PPP é uma solução para ampliar e qualificar essa assistência”, afirmou.
Como parte da expansão da rede, hospitais regionais em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Campo Grande e Corumbá (este último em fase de construção) também terão suas capacidades ampliadas, com aumento de leitos, cirurgias e exames.
Os deputados estaduais elogiaram a proposta e destacaram sua importância estratégica para a melhoria do atendimento à população. “É um projeto estruturado, com critérios técnicos e visão de futuro para a saúde pública do nosso Estado”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro.
Com informações Agência de Notícias do Governo de Mato Grosso do Sul