Geral – 28/12/2012 – 10:12
Como efeito colateral da Operação Babilônia, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que investigou irregularidades na prefeitura de Bom Progresso, o Ministério Público manteve ontem a cassação da função da promotora Aline Stefanello Segnor, da comarca de Três Passos. Ela teria prevaricado ao não abrir investigações para apurar denúncias que envolveriam o grupo liderado pelo namorado, Jarbas Heinle, suspeito de chefiar uma quadrilha que teria desviado R$ 7 milhões do município. Sem revelar detalhes, o MP confirmou o afastamento da promotora ao reunir o Órgão Especial do Colégio de Procuradores. Por unanimidade, os 25 integrantes ratificaram decisão anterior, impugnando a continuidade da carreira de Aline. Nomeada em 6 de janeiro de 2011, ela estava em estágio probatório, que dura dois anos. As informações são de Zero Hora.
Na origem, o processo administrativo contra Aline foi aberto depois de a Polícia Civil ter comunicado à corregedoria do MP o seu envolvimento com Jarbas. Ele foi preso pela Polícia Civil na casa dela. Exceto a prevaricação, não foi apurada a participação da promotora em nenhum crime supostamente praticado pela quadrilha. Jarbas e outras 13 pessoas foram presas em 18 de setembro passado devido a um suposto esquema de direcionamento de licitações e compras irregulares pela prefeitura. O advogado de Aline, Rafael Maffini, diz que “assim que o acordão com a decisão for publicado”, vai “analisar quais as medidas serão tomadas. Não posso falar sobre o processo, exatamente porque ele está em sigilo. Ainda assim, o que eu posso dizer é que a nossa avaliação é de que o julgamento não refletiu a prova dos autos”.
Fonte: Portal Terra