Geral – 27/02/2012 – 16:02
Um dos moradores de rua que foi queimado na noite deste sábado (25), em Santa Maria, no Distrito Federal, permanece em tratamento no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). O homem de 42 anos teve 20% do corpo coberto por queimaduras e, segundo a Secretaria de Saúde, o estado dele é grave, mas estável.
O outro sem-teto atacado, um rapaz de 26 anos, teve 63% do corpo queimado e morreu neste domingo (26). Em nota , a divisão de comunicação da Polícia Civil informou que o corpo da vitima deverá chegar ao IML para exames periciais ainda nesta segunda-feira.
A Polícia Civil não divulgou informações sobre a investigação do caso. Detalhes sobre o trabalho para identificar os responsáveis pelo crime só devem ser divulgados na tarde desta segunda.
Ataque
De acordo com um homem que presenciou a cena, entre 22h30 e 23h deste sábado (25), um grupo de sete jovens tentou colocar fogo no sofá onde os sem-teto dormiam. A primeira tentativa não deu certo. Segundo a testemunha, cerca de uma hora depois, três jovens voltaram ao local e incendiaram o sofá.
A testemunha contou que os jovens, que aparentavam ser adolescentes, atearam fogo no sofá e fugiram. Segundo a polícia, a testemunha chamou o Corpo de Bombeiros que fez os primeiros socorros no local e levou as vítimas para o hospital.
Segundo informações do agente de plantão na delegacia, os moradores de rua eram conhecidos na QR 118, no conjunto H, em Santa Maria. Eles não tem passagem pela polícia e costumavam dormir no sofá que ficava embaixo de uma árvore da região, que é residencial e comercial.
Índio Galdino
Em 20 de abril de 1997, cinco rapazes de classe média de Brasília atearam fogo ao índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, que dormia em uma parada de ônibus, na Asa Sul, bairro nobre da capital. Os rapazes fugiram mas um outro jovem que passava no local, anotou a placa do carro e entregou à polícia.
Ele chegou ao hospital com 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte. O fogo só não atingiu a parte de trás da cabeça e a sola dos pés. Galdino chegou a Brasília no dia anterior, 19 de abril, Dia do Índio. Ele participou de várias manifestações pelos direitos dos índios.
Fonte: G1