30/03/2014 – Atualizado em 30/03/2014
Miss venezuelana aparece amordaçada e sangrando em campanha contra a repressão no país
Stefanía Fernández se juntou ao fotógrafo Daniel Bracci para denunciar falta de liberdade
Por: R7
A ex-Miss Universo pela Venezuela, Stefanía Fernández, recentemente virou protagonista de uma campanha contra a opressão do governo venezuelano contra os meios de comunicação e os direitos humanos no país. O rosto da bela jovem agora está rodando o mundo para promover o ensaio de fotos de Daniel Bracci denominado “Sua voz é seu poder – Liberdade de expressão na Venezuela”.
Stefanía está entre as 110 personalidades que aceitaram participar da polêmica campanha em que todos foram fotografados amordaçados e com marcas que simulam dor e sofrimento.
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A ideia do autor do ensaio, Daniel Bracci, é de chamar a atenção mundial sobre a situação política na Venezuela utilizando as redes sociais como forma de divulgação.
As fotografias que fazem parte de sua campanha “Sua voz é seu poder — Liberdade de expressão na Venezuela” foram enviadas para o Instagram com a hashtag # MordazasEnVenezuela (# GaggedInVenezuela ).
Daniel Bracci, além de fotográfo também é um ilustrador e designer gráfico. Com as fotos , ele desejava criar imagens que transmitissem a aflição da população venezuelana contrária ao regime de Nicolás Maduro diante da repressão deflagrada recentemente no país.
Em entrevista ao Informe 21, um canal de notícias em sua terra natal, Bracci alegou que seu avô foi uma das vítimas do “submundo do crime” no país.
Além disso, o fotógrafo ressaltou que a iniciativa é uma “campanha pela paz”.
Maduro aceita observadores internacionais no país
O presidente Nicolás Maduro aceitou na quinta-feira observadores internacionais para facilitar o diálogo nacional na Venezuela, após a visita de uma comissão de chanceleres da Unasul ao país, abalado por mais de um mês de protestos.
“Querem uma testemunha? Vamos a uma testemunha, então”, disse Maduro em um ato oficial no estado de Vargas, transmitido em rede nacional pela TV.
Maduro aceitou que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) “escolha um grupo de chanceleres para se sentar e testemunhar as conversações” com a oposição, mas advertiu que não aceitará “condições” nem “agendas prévias porque não estou impondo isto”.
A pedido do governo em Caracas, uma comissão de chanceleres se reuniu, nos últimos dois dias, com setores da sociedade venezuelana para “acompanhar” o diálogo nacional proposto para superar a onda de protestos que sacode o país desde 4 de fevereiro passado.
“Para dar continuidade a este processo iniciado pela Unasul, as reuniões da Comissão terão prosseguimento nos próximos dias, através de um grupo de chanceleres”, destacou um comunicado.
A comissão da Unasul se reuniu com líderes dos partidos aliados ao governo, da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), com representantes do judiciário, membros de distintas religiões, organizações de direitos humanos e líderes estudantis.
“A Comissão registrou a disposição ao diálogo de todos os setores, que manifestaram a necessidade de moderar a linguagem, gerando assim um ambiente pacífico que favoreça as conversações entre o governo e os distintos atores políticos, econômicos e sociais do país”.
Desde o início dos protestos, Maduro tem convocado os distintos setores para um diálogo nacional, mas a MUD e o movimento estudantil opositor afirmam que trata-se de uma manobra para esfriar as manifestações.
