Esporte – 20/03/2013 – 15:03
Pouco tempo após a vitória sobre Rashad Evans, no UFC 156, Rogério Minotouro viu Dana White, presidente da organização, atender a um pedido que ele vinha fazendo há algum tempo: uma revanche contra o compatriota Maurício Shogun.
Em 2005, os dois fizeram, ainda no Pride, aquela que é considerada uma das melhores lutas de MMA de todos os tempos, e Shogun saiu com a vitória nas quartas de final do GP dos pesos médios. A revanche vinha sendo pedida por Minotouro desde o ano passado, e já era para ter acontecido – ele se machucou e o UFC casou o combate de Shogun com o sueco Alexander Gustafsson.
Em um combate cheio de possibilidades e em que os dois conseguiram aplicar knock-downs, ambos tiveram chance de vencer, mas no final, Shogun conseguiu terminar melhor no combate, venceu por pontos e ainda se sagrou campeão daquele GP, com apenas 23 anos.
“Eu estou preparado, vai ser uma revanche depois de oito anos, e muitos apostam que aquela foi a melhor luta da história. O Shogun é um grande rival, que foi campeão durante muito tempo. Esta é uma luta que eu venho pedindo ao Dana White, ao UFC, faz muito tempo e infelizmente não aconteceu antes. É uma oportunidade que eu quero e agora vai poder acontecer”, disse o meio-pesado.
Os brasileiros se reencontrarão no UFC 161, no próximo dia 15 de junho, em Winnipeg, no Canadá – será a primeira edição do evento na cidade.
Aos 36 anos, Minotouro ainda sonha em conquistar o cinturão da categoria no UFC. Vindo de duas boas vitórias consecutivas, contra Tito Ortiz no fim de 2011 e Rashad em fevereiro deste ano, o lutador baiano crê, em caso de vitória sobre Shogun, ficaria bem perto da chance de lutar pelo título – o americano Jon Jones, atualmente, é o campeão.
“São adversários de peso que me fazem treinar mais. Contra esses caras, é matar ou morrer. Eu levei muito a sério o meu último camp, mobilizei muita gente. Estou chegando cada vez mais perto de uma disputa de cinturão e é isso que quero. Acho que ainda é possível. Mas gosto de fazer uma luta de cada vez. Primeiro vou focar no Shogun, não adianta pensar no cinturão e não focar agora”, completou.
A parte física, ponto fraco de Maurício Shogun, não ilude Rogério Minotouro, que, contra Evans, conseguiu fazer uma luta de três rounds completos e não aparentou tanto cansaço. O baiano diz que prefere estar bem preparado para o combate a contar com possíveis falhas do rival.
“Não dá pra falar do físico dele, não existe atleta melhor que o outro. Existe um melhor treinado que o outro. Eu estava melhor que o Rashad. Não posso contar com isso (físico ruim dele). Prefiro estar bem treinado e fazer o meu melhor”, finalizou.
Fonte: Uol
