No dia 23 de outubro, a paciente – que mora em Natal e trabalha também na Paraíba – apresentou novamente resultado positivo para o coronavírus
11/12/2020 10h22
Por: Marcela Damore
BRASIL – A primeira infecção da médica de 37 anos foi em junho, quando ela apresentou sintomas leves. No dia 23 de outubro, a paciente – que mora em Natal e trabalha também na Paraíba – apresentou novamente dor de cabeça, coriza e dor no corpo. Além da perda do olfato e do paladar e, de novo, teve o resultado positivo para o coronavírus.
Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde, para confirmar a reinfecção é preciso ter no mínimo 90 dias de diferença entre dois resultados positivos.
No caso da paciente, os testes foram feitos com 116 dias de intervalo, e ambos foram do tipo PCR, aquele do cotonete, que identifica a presença do vírus ativo no corpo.
Só faltava mais um critério para confirmar a reinfecção: o sequenciamento genético de ambos os testes, que acabou mostrando duas linhagens diferentes do vírus.
“É o mesmo vírus, mas essas linhagens são diferentes geneticamente, ou seja, elas possuem assinaturas genéticas distintas, por isso são chamadas de linhagem”, explica Josélio Araújo, virologista e professor da UFRN.
De acordo com a Fiocruz, outros casos são investigados no Brasil. Só no Rio Grande do Norte são mais cinco.
Segundo os especialistas, mesmo que a reinfecção não seja frequente, o alerta continua. “O recado é que as medidas solicitadas de distanciamento social, de lavar as mãos, de uso de máscara, tem que continuar para as pessoas que não pegaram ainda o Covid, que não se infectaram e para aquelas que já se infectaram”, orienta a infectologista Marilda Siqueira.
Informações do G1.
