04/08/2016 – Atualizado em 04/08/2016
Por: Marcio Ribeiro com Bol.
O processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), ainda nem terminou e a discussão sobre a possibilidade de reeleição do interino, Michel Temer (PMDB), em 2018, deixou aliados e rivais em alerta.
Em entrevista no início da semana, o novo presidente da Câmara e aliado de Temer, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o interino é candidato natural caso “o governo chegue a 50% de ótimo ou bom”.
Diante da polêmica, o Palácio do Planalto se apressou em declarar, por meio de nota, que Temer “não cogita disputar a reeleição”.
Mas o que levaria Temer a entrar na disputa ou desistir da empreitada? Especialistas e parlamentares aliados do presidente interino apontam pontos a favor e contra a ideia.
Acordo com aliados
O presidente do Solidariedade e deputado federal, Paulinho da Força (SP), disse que a declaração de Maia “não foi um bom negócio”.
“É uma questão que mais atrapalha do que ajuda. Talvez ele [Maia] tenha tentado agradar, mas acabou criando um problema para toda a base do governo, que tem uma coalizão de forças apoiando o Michel Temer. Nada garante que essa mesma coalizão estará junto em 2018”, disse Paulinho.
Para o cientista político da Fundação Getúlio Vargas Marco Antônio Teixeira, a impressão é de que o presidente da Câmara não daria a polêmica declaração “sem que tivesse a autorização para tanto”.
