Julia Vasquez
TRÊS LAGOAS (MS) – Na manhã desta terça-feira (7), o Programa Linha Direta Com a Notícia recebeu a presidente do Comitê-de Enfrentamento à Covid-19, Angelina Zuque e o Coordenador da Vigilância Crhistóvam Bazan, frente à uma reunião do Comitê ocorrida, na sexta-feira (3), quando foram traçadas novas estratégias para o combate à Covid-19 que, assim como a média nacional, vem mais uma vez registrando aumento de casos. Apenas neste primeiro semestre, Três Lagoas (MS) anotou 113 casos positivos de Covid-19.
O primeiro ponto a ser destacado foi a subnotificação, ou seja, neste ano estamos registrando gripes com sintomas fracos e isso faz com que a população não faça a testagem, gerando assim, poucos registros.
Aglomerações em locais fechados em virtude do frio, também foi comentado por Angelina e Bazam, contribuindo ainda para a transmissão de Covid-19 ou outras infecções respiratórias.
Angelina e Bazan da SMS, enfatizaram que o fato do não uso da máscara também contribui para o aumento de casos, visto que o vírus começa a circular de forma mais evidente.
Outro ponto comentado foi sobre os frequentes casos de gripe em crianças. “Muitas crianças que nunca tiveram contato com vírus, principalmente as que nasceram durante a pandemia, viviam em uma bolha e, agora, vão para escola, então vai surgindo um caso seguido do outro, e por diversas vezes. Mesmo para os adultos a imunidade caiu, pois houve uma queda na imunidade coletiva sem a circulação de alguns vírus”, explicou o médico.
Os representantes do Comitê salientaram os casos em que o indivíduo apresenta sintomas respiratórios, mas não faz exames e fica sem diagnóstico e não cumpre o isolamento, contaminando outras pessoas ao seu redor.
Um dos principais pontos abordados foi a alta demanda nas unidades de saúde, seja rede pública ou privada, de pessoas com infecções respiratórias, principalmente crianças.
Apesar do aumento de casos confirmados de Covid-19, no momento, o Município tem apenas um paciente em UTI.
Angelina Zuque pontuou que “podemos ter um colapso no sistema de saúde, em razão da alta demanda de infecções respiratórias, já foi informado que em alguns locais a média de tempo de espera para o atendimento é de 5 horas”, explicou Angelina. As unidades de saúde e clínicas estão lotadas e, isso sobrecarrega o atendimento, acrescido dos casos frequentes de profissionais afastados com sintomas”, informou.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
A situação epidemiológica de outras doenças respiratórias foi discutida durante o encontro, a hepatite aguda infantil que tem 70 casos no Brasil, sendo 3 no Estado. E, principalmente, a baixa cobertura vacinal de Influenza das crianças, além disso também apresenta baixa adesão às demais vacinas como a de Sarampo, Febre Amarela, Poliomielite entre outras deste grupo etário.
Uma pessoa com sarampo pode contaminar em torno de 16 outras pessoas. “Doenças como sarampo, hepatite e outras só estão retornando por conta da não vacinação. O que justifica essa queda é o recente movimento antivacina ”, explicou Vinicius.
Questionada sobre uma possível terceira onda de Covid-19, Angelina Zuque foi enfática para responder. “Se as coisas continuarem avançando assim, é possível uma terceira onda Covid-19” explicou
Outros assuntos discutidos na reunião foram intensificar as ações de prevenção o uso de máscaras em ambientes fechados, em locais com aglomeração, higienização das mãos com álcool em gel.
Elaboração de ofício, nota técnica, normativas e orientações para unidades escolares públicas e privadas recomendando o uso da máscara, afastamento de alunos, professores e outros trabalhadores quando apresentarem sintomas e verificação da caderneta de vacina atualizada;
Por fim intensificar a divulgação da importância da vacinação para proteção coletiva e medidas para prevenção da Covid-19 e doenças respiratórias.
