No final do Programa Linha Direta com a Notícia , três perguntas sobre as investigações que o inocentaram de obstrução da Lava Jato e sobre as expectativas políticas foram feitas ao ex-Senador Delcídio pelos ouvintes e internautas da Rádio Caçula, onde ele respondeu que sentiu-se abandonado pelo PT, foi “boi de piranha” e que pretende disputar as eleições para o Governo do MS em 2020
04/07/2019 12h11
Por: Julia Vasquez
TRÊS LAGOAS (MS) – Desabafo e revelações. Essa foi a tônica da entrevista do ex-Senador Delcídio do Amaral ao apresentador Romeu de Campos Jr, no Programa Linha Direta Com A Notícia desta quinta (4).
Delcídio foi absolvido pela Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) TRF-1 após acusações de obstrução à delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em 2016, tendo o seu mandato de senador cassado ao fnal daquele mesmo ano.
Os desembargadores rejeitaram um recurso do Ministério Público Federal que pedia a condenação de Delcídio e mais quatro pessoas por embaraço à investigação e organização criminosa.
O ex-senador conta que foi um verdadeiro “boi de piranha” , ao ter o seu mandato cassado no fim de 2016 diante das acusações.
No entnato, em 2018 ele foi inocentado da denúncia através do Ministério Publico Federal, feita por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, que alegava ter uma gravação onde Delcídio prometia ajuda financeira de R$ 50 mil mensais para a família do ex-executivo da Petrobras e honorários de R$ 4 milhões para o advogado Édson Ribeiro, que, até então, comandava a defesa de Cerveró.
A Primeira instância absolveu, no ano passado, Lula e mais seis por falta de provas. MP recorreu para condenação de Delcídio e mais quatro, mas segunda instância manteve entendimento.
Delcídio revelou ainda, sentir-se abandonado pelo PT e relatou que “os verdadeiros culpados estão de, fato, presos”, disse o ex-senador.
Ao final do programa, o ex-senador revelou também, que pretende analisar partidos para às próximas eleições de 2020, uma vez que desfiliou-se do PT. Ele almeja, disputar o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, nas próximas eleições de 2020.
O PROCESSO
A denúncia foi apresentada inicialmente em maio de 2016 pela Procuradoria Geral da República (PGR) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que, na época, Delcídio Amaral ainda era senador e, portanto, tinha foro privilegiado na Corte.
Com a cassação de seu mandato, no fim daquele ano, a acusação foi enviada à primeira instância da Justiça Federal em Brasília e chegou a ser aceita, por conter o mínimo de indícios da existência de crimes.
Após a abertura da ação penal, no entanto, o Ministério Público Federal concluiu que Delcídio mentiu com objetivo de fechar o acordo de colaboração. Um procurador pediu a absolvição do ex-presidente Lula e de André Esteves nesse processo e a condenação dos outros cinco. O juiz, no entanto, absolveu todos.
Mesmo cassado, o ex-Senador Delcídio Amaral recebe aposentadoria de R$ 11,5 mil. Ex-filiado ao PT, ele foi líder do governo no Senado na gestão de Dilma Rousseff, mas perdeu o mandato após acusações de que teria tentado obstruir as investigações da Lava-Jato
Da redação
