10/03/2014 – Atualizado em 10/03/2014
Golpe na fila de precatórios abre rombo em contas da prefeitura da Capital
Contemplados estavam praticamente no fim da lista, mas receberam benefícios antecipadamente
Correio Do Estado
Pagamento supostamente fraudulento de precatórios, de pouco mais de R$ 28 mil, a três agentes comunitários de saúde, abriu rombo milionário nas contas da Prefeitura de Campo Grande, provocando atraso na folha salarial do funcionalismo público e com os fornecedores. Por conta da irregularidade, o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador João Batista da Costa Marques, determinou, no dia 31 de janeiro deste ano, o bloqueio de mais de R$ 110 milhões da prefeitura, para assegurar a quitação da dívida do município a mais de 200 credores prejudicados com a quebra da ordem cronológica para beneficiar os agentes comunitários
O rombo só não foi maior porque o desembargador desbloqueou parte dos recursos para pagamento da folha salarial. Mas alguns prejudicados, que estavam na linha de frente, receberam a dívida por conta da retenção do dinheiro do município.
O estranho de tudo isto é que os três contemplados com o pagamento dos precatórios estavam praticamente no fim da fila sob o rigor do controle do Tribunal de Justiça. Mas, misteriosamente e sem explicação, receberam os benefícios antecipadamente. A determinação para pagamento dos três agentes comunitários partiu do então procurador-geral do município, ex-presidente do TJMS Luiz Carlos Santini, no início do segundo semestre do ano passado. Ele mandou pagar e não explicou como entrou na fila dos credores do TJMS para beneficiar os agentes comunitários.
