Geral – 10/04/2013 – 20:04
A Rádio Caçula recebeu esta manhã, por volta das 7h, uma denúncia que acusava a Empresa EMPA, que realiza recapeamentos e acostamentos, de não cumprir com diversos compromissos firmados com seus funcionários.
Segundo a denúncia, várias seriam as reclamações, entre elas o atraso nos pagamentos; horas extras não computadas e, quando pagas, o valor recebido aquém ao combinado; horas in itinere pagas pela metade; falta de vale alimentação; transporte em condições precárias e inadequados para o uso; refeições sendo entregues em caixotes de supermercado; refeitórios completamente anti-higiênicos, entre outros.
Ao receber a notícia, nossa reportagem foi até o local falar com os funcionários e confirmar a condição denunciada. Dos 250 empregados da empresa, apenas 40 encontravam-se em paralisação.
Um dos funcionários conversou, por telefone, com a Toninha Campos, ao vivo, durante o Programa. Ele confirmou a difícil situação que os trabalhadores da empresa tem enfrentado. Ele contou que, dadas as condições, a Vigilância Sanitária havia fechado o refeitório.
O alojamento não é pago pela empresa e sim pelos funcionários, e o aluguel encontra-se atrasado pela falta de pagamento. Se a dívida não for quitada, todos serão despejados. Ainda de acordo com o funcionário, a empresa não oferece Equipamentos de Proteção Individual – EPIs – adequados.
A empresa foi contratada pelo DNIT – Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transporte – ou seja, trata-se de um obra federal. A empresa ganhou a licitação de recapeamento e acostamento da BR que liga Três Lagoas à Campo Grande. São 330 quilômetros que a empresa recapeará sozinha. O normal seria a distância ser dividida entre outras companhias.
O funcionário ainda disse, ainda, que materiais químicos estão sendo enterrados no solo do KM 42, próximo ao Distrito de Arapuá, do lado direito. Esse materias seriam embalagens de refeições, filtros e um produto químico que contém CN30, um derivado do chumbo. A empresa não teria documentação do lixo que é produzido, por isso o enterro dos detritos.
A Rádio Caçula entrou em contato com a Vigilância Sanitária que confirmou ter interditado o refeitório da empresa, por falta de condições de higiene. Além disso, os funcionários contratados pela empresa residem na casa onde as refeições são servidas, outro fator determinante para sua interdição.
“A empresa não pode ser classificada como específica para o fornecimento alimento. É preciso adequar as condições de alimentação com a saúde do trabalhador, fornecendo condições humanas para os empregados realizarem suas refeições de forma digna e adequada”, disse um representante da Vigilância.
Um relatório será enviado ao Ministério Publico do Trabalho apontando todas as irregularidades da empresa EMPA. Nossa emissora entrou em contato com o Meio Ambiente e o Ministério do Trabalho e em breve teremos mais informações quanto a posição dos órgãos sobre o assunto.
Fonte: Redação / Rádio Caçula