Levantamento foi feito em todos os estados do Brasil
O Instituto Nacional do Câncer divulgou um levantamento que associa o impacto financeiro familiar ao uso do tabaco. Em média, os brasileiros destinam aproximadamente 8% da renda familiar mensal para a compra de cigarros. No Mato Grosso do Sul, a média mensal é de 6%, a menor do Brasil.
Conforme o levantamento, o montante gasto mensalmente no Brasil com o tabaco é maior entre jovens de 15 a 24 anos, que chegam a utilizar até 10% da renda para comprar cigarros industrializados. Esse valor aumenta para 11% entre pessoas com Ensino Fundamental incompleto. Os dados do Instituto ainda indicam que os homens são os que mais direcionam parte da renda mensal para o tabagismo, cerca de 8,2%, enquanto as mulheres gastam 7,2%.
A divulgação faz parte da campanha “Cultive alimentos, não cultive tabaco. Precisamos de alimentos, não de tabaco”, na qual aborda a escolha do tabaco em detrimento do alimento, os prejuízos causados pelo tabaco enfraquecendo as famílias dos fumantes e a área de plantio de tabaco que agrava a insegurança alimentar.
De acordo com o Inca, a extensão ocupada pela produção do tabaco é de 357.230 hectares, o mesmo tamanho da área ocupada na produção de todas as plantas do país, o que contribui para a insegurança alimentar.
Segundo a ONG (Organização Não Governamental) ACT Promoção de Saúde, o Brasil é o terceiro maior produtor de folha de tabaco do mundo e o líder em exportação. A ONG enfatiza que, ao comparar a produção de tabaco no Brasil com outros países, é evidente que o país cultiva poucas plantas e produz uma grande quantidade de folha de tabaco. “A China (o maior produtor de tabaco do mundo) destina 2,7 vezes mais terras para produzir tabaco do que o Brasil, mas utiliza 67 vezes mais terras para a produção de vegetais em comparação, 7,3 vezes mais para a produção de frutas e 17,7 vezes mais para o cultivo de arroz”, informa o comunicado técnico da Organização.
Informações: Campo Grande News


