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quinta-feira, 2 de maio, 2024

Fibria participa da inauguração do Centro Cultural Indígena Ofayé

20/04/2017 15h46

Por: Assessoria de Imprensa

Com o intuito de promover a socialização e a revitalização cultural do povo Ofayé, a Fibria, por meio do Programa Sustentável Indígena Ofayé (PSIO), participou da inauguração do Centro Cultural Indígena Xahta Xehita-há, localizado na Aldeia Anodi, em Brasilândia (MS).

A doação dos materiais para o Centro Cultural foi realizada pela Fibria e, como contrapartida, os próprios índios da aldeia foram os responsáveis por erguer o espaço. A estrutura é feita de eucalipto tratado com a cobertura em sapé. O salão é a réplica de um antigo centro comunitário que aparece fotografado em um livro histórico sobre o povo Ofayé e foi um pedido da comunidade para que fosse construído dessa forma. “Na biblioteca da escola, aqui da aldeia, eles encontraram esse livro e pediram que o local fosse replicado. O povo Ofayé está em busca da sua revitalização cultural e o fato deles se identificarem com a foto e pedirem para que o centro cultural mantivesse a mesma estrutura é um sinal de que eles estão se reencontrando”, diz a consultora de Sustentabilidade da Fibria, Evânia Lopes.

Além de sediar reuniões e confraternizações, o Centro Cultural Indígena também será o ponto de encontro das mulheres da aldeia que trabalham com o artesanato Ofayé. “Para nós é uma grande alegria inaugurar esse lugar no nosso dia, o Dia do índio. As mulheres, que antes faziam o artesanato na escola, agora poderão ter um local apropriado para a criação das peças que retratam a nossa cultura e também fortalecem a renda das nossas famílias”, diz o cacique Marcelo da Silva Lins.

De acordo com os registros da Fundação Nacional do Índio (Funai), esta é a única etnia Ofayé registrada no mundo. “A cultura Ofayé é valiosa para o município, Estado e o Brasil. Fortalecendo o artesanato, a identidade da comunidade indígena é preservada e multiplicada, mantendo-a forte e viva”, disse Evânia.

Projeto de Artesanato Ofayé

O objetivo do projeto é valorizar a história e os costumes dos Ofayé expressando a memória cultural desse povo por meio do artesanato. Antes de confeccionar as peças, foi necessário no levantamento cultural dos costumes Ofayé, para isso, a Fibria teve a consultoria do antropólogo Carlos Alberto Dutra que foi contratado para assessorar com acervo e registros étnico-cultural e iconográficos onde foi usado como referência na elaboração do projeto de artesanato indígena feito pelo designer têxtil Renato Imbroísi.

Imbroísi é um renomado profissional conhecido internacionalmente pelo desenvolvimento de trabalhos com diversas nações indígenas do Brasil e povos do exterior e é consultor da Fibria em diferentes projetos em diversos estados.

O designer afirmou que é possível conhecer um pouco da cultura da etnia por meio dos produtos artesanais feitos pelos Ofayé, como bolsas, toalhas e trilhos de mesa, jogos americanos, bolsinhas, cadernos encapados com tecido de algodão cru (alguns tingidos) estampado com animais que habitam o entorno da aldeia e bordado com o nome do animal no dialeto Ofayé.

“São peças que falam. Nos produtos, todos com iconografia Ofayé, feitos com a técnica de estamparia manual, os indígenas expressam a memória cultural da etnia. Todo trabalho é desenvolvido de forma que a identidade desse povo seja protagonista, resgatando a conexão com sua história e costumes”, disse Imbroísi.

Atuação da Fibria junto aos Ofayé

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Em 2013, uma cartilha reuniu termos do dialeto e foi distribuída na tribo com o objetivo de incentivar a familiarização e adoção dos termos nas conversas do dia a dia. A iniciativa, realizada pela Fibria, também viabilizou a construção de um campo de futebol society para promover a integração social e formação de um time batizado como “Xeheki Agaxäfwatae”, que significa “Os Guerreiros” na linguagem Ofayé.

Sobre os Ofayé

O Povo Ofayé, conhecido na literatura como Ofayé Xavante, vive no município de Brasilândia, Estado de Mato Grosso do Sul e é um dos últimos sobreviventes caçadores e coletores que chegaram a ser mais 2 mil indivíduos no começo do século XX quando habitavam as margens do rio Paraná estendendo seus domínios pelos cerrados, desde os campos da Vacaria até as margens do Sucuriú, onde coletavam mel silvestre, colhiam guaviras e “caçavam” o peixe ao longo dos rios Verde, Pardo, Taquaruçu e Boa Esperança, na região chamada Costa Leste do Bolsão sul-mato-grossense.

Os indígenas Ofayé atualmente vivem na Aldeia Anodi, território imemorial identificado e declarado indígena pela Portaria 264/92 do Ministério da Justiça, numa comunidade multicultural que reúne cerca de 100 pessoas das etnias Ofayé, Guarani e não-indígenas; entre eles os últimos 6 falantes da língua materna ofayé, do tronco macro Jê, classificada pelo atlas da Unesco das línguas em perigo como “em situação crítica”.

Sobre a Fibria

Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. A companhia possui 969 mil hectares de florestas, sendo 568 mil hectares de florestas plantadas e 338 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, e entra em operação no quarto trimestre de 2017. Saiba mais em www.fibria.com.br

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