10/03/2014 – Atualizado em 10/03/2014
Dourados News
“Temos 360 policiais para uma demanda de muito mais que 200 mil habitantes, em uma realidade onde as pessoas estão cada vez mais resolvendo as coisas com muita violência e intolerância”.
A fala acima é do comandante do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) de Dourados, tenente coronel Ari Carlos Barbosa, que reafirma a sensação de insegurança
Segundo o comandante, o efetivo não é o ideal para o Batalhão, que atende a Dourados, Caarapó, Douradina, Itaporã e mais oito distritos da região. E o total de policiais revelado por ele não corresponde especificamente a homens na rua.
Os servidores são divididos em diversas atividades, como destacamento para os demais municípios, escolta, policiamento em presídio e unidades educacionais, serviços administrativos em geral além daqueles que estão em férias e também afastados e em licença por motivos diversos.
“Eu trabalho com o que tenho. A demanda é muito grande, e o efetivo realmente não é suficiente. Dentro do que podemos, desenvolvemos um trabalho muito bom e que nem sempre é reconhecido. Ano passado fomos o único município a reduzir todos os índices de criminalidade. Mas, não podemos negar que é complicado. Para melhorar ainda mais nosso atendimento, eu precisaria de 534 homens, no mínimo”.
Na rua, diariamente estão 50 policiais em seis viaturas além das motos e de outros dois veículos: um à disposição do Getam (Grupo Especializado Tático Motorizado) e outra da Força Tática.
Apesar de não revelar qual o total de carros disponíveis ao Batalhão [sem contar os que estão a serviço citados acima], ele destacou o que seria ideal para um trabalho preventivo mais abrangente.
“De 12 a 15 viaturas rodando. Não conseguimos, por exemplo, trabalhar para evitar assassinatos e crimes dentro de casa. O policiamento preventivo é, de certo modo, um pouco prejudicado pela falta de efetivo. Temos viaturas, mas faltam pessoas. A viatura hoje desce com dois policiais quando o ideal seria de três a quatro. É uma demanda realmente grande”.

